Hoje começamos a explorar mais uma região brasileira, a região Norte. Esse é o quinto post da série Viagens Imaginárias e hoje vamos te contar o que fazer no Amazonas.
O Amazonas é o maior estado brasileiro mas a sua população representa apenas 2% do total do país. Isso é reflexo da ocupação territorial em sua maioria pela floresta Amazônica e por rios.
Vamos começar a descobrir o que fazer no Amazonas pela sua capital, Manaus. Depois vamos te dar mais 4 dicas do que conhecer no resto do estado.
Manaus, a capital do Amazonas teve seu período áureo durante o ciclo da borracha, no final do século XIX e início do século XX. Nessa época a borracha era conhecida como “Ouro Negro”, tamanha sua importância para o desenvolvimento da região.
A cidade de Manaus aproveitou a riqueza trazida pela borracha para se modernizar e passar de vila para metrópole. Ela ganhou diversas construções que ainda hoje se destacam pela sua imponência e pelo estilo europeu e que estão na minha lista de lugares para conhecer.
Então vamos logo descobrir os lugares para conhecer em Manaus.
Confira os outros posts da série Viagens Imaginárias:
+ O que fazer no Paraná?
+ O que fazer nos estado de São Paulo?
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+ O que fazer na Bahia?
Quem quer conhecer um pouco da Amazônia mas não quer deixar de lado o conforto de uma cidade grande pode visitar o MUSA – Museu da Amazônia.
O MUSA é dividido em dois museus. O Jardim Botânico, que é o que falaremos aqui, e o MUSA do Largo, que é dedicado a exposições regionais, memória e cultura do Amazonas.
O MUSA Jardim Botânico fica em uma área de 100 hectares da reserva florestal Adolpho Ducke. Um de seus lemas é ser “um lugar onde humanos e não humanos vivam juntos, felizes”.
Lá você pode fazer trilhas, visitar viveiros de orquídeas e bromélias e o aquário, apreciar o lago coberto de vitória-régias e conhecer os laboratórios experimentais de serpentes, insetos e borboletas.
O ponto alto da visita, literalmente, é a Torre de Observação de 42 metros. Pra subir até o topo são 242 degraus e você ultrapassa a copas das árvores da floresta para poder observá-la de cima.
O nascer e o pôr-do-sol devem ser lindos e caso você queira visitar o MUSA nesses horários tem que comprar um ingresso a parte.
O Teatro Amazonas é provavelmente um dos edifícios mais bonitos de Manaus. Apesar de ainda não conhecer a cidade acredito que o teatro seja uma das joias trazidas pelo ciclo da borracha.
Inaugurado em 1896, em estilo renascentista, ele é o símbolo da época áurea de Manaus. Sua importância foi reconhecida em 1966, quando se tornou Patrimônio Histórico Nacional.
Do lado de fora o que chama a atenção é a cúpula revestida com mais de 32 mil peças de cerâmica trazidas da França que tem as cores da bandeira brasileira. A cúpula contrasta fortemente com o restante do teatro que é pintado de rosa.
O seu interior luxuoso também reflete muito do estilo importado da Europa. Muitos dos materiais utilizados na construção foram trazidos do continente europeu.
As quatro telas que embelezam o teto do salão de espetáculos são de Paris e representam a música, dança, tragédia e ópera.
Mais de 280 mil pessoas visitam o teatro por ano ou assistem aos espetáculos que acontecem ali.
Onde se hospedar em Manaus?
– Mercure Hotel Manaus
– Blue Tree Premium Manaus
Quem quer entender um pouco como era realizada a extração e produção da borracha pode visitar o Museu do Seringal.
Esse museu na verdade era o cenário de um filme chamado A Selva. Eles reproduziram um seringal e após as filmagens resolveram doar a locação para a Secretaria de Cultura como agradecimento ao apoio recebido pelo governo.
Lá é possível perceber nitidamente a diferença das condições de vida dos seringueiros, que eram as pessoas que trabalhavam com a extração da borracha, e dos seringalistas, os donos do seringal.
O Museu do Seringal fica na área rural de Manaus e a única forma pra chegar até lá é de barco.
O Palacete Provincial fundado em 1875 foi por mais de cem anos a sede do Quartel da Polícia Militar do Amazonas.
Depois de alguns anos fechado para restauro o Palacete Provincial reabriu em 2009 para visitação pública gratuita.
Atualmente no local existem cinco museus. São eles os museus de arqueologia, numismática, da Imagem e do Som, Tiradente e a Pinacoteca do Estado.
No Museu Tiradentes é bem ligado ao passado do edifício pois homenageia os bombeiros e a polícia do estado do Amazonas. Lá estão em exposição armas e fardas além de muitos registros históricos.
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Mais um prédio construído no auge do ciclo da borracha, o Mercado Adolpho Lisboa recebeu o nome do prefeito de Manaus na época de sua inauguração, em 1883.
Mais conhecido pelos manauaras como Mercadão ele fica às margens do Rio Negro. Nos 182 boxes você pode encontrar desde artesanato até peixes e remédios naturais.
A estrutura de ferro do Mercado, que segue as características europeias, foi projetada por ninguém menos que Gustave Eiffel, o mesmo que projetou a torre Eiffel de Paris.
O Mercadão funciona diariamente até às 18h, mas na última sexta-feira do mês acontece o Mercado Cultural. Ele abre durante a noite para um evento que conta com atrações regionais.
O encontro das águas, como o próprio nome já diz, é o encontro dos rios Negro e Solimões. Os dois rios seguem lado a lado por mais de seis quilômetros até se juntarem formando o Rio Amazonas.
É possível observar o fenômeno a partir do Mirante das Lajes, mas li alguns relatos que o local está abandonado e talvez não seja muito seguro.
De qualquer forma a opção mais interessante é ver o encontro das águas a bordo de um barco. Se for um barco pequeno melhor ainda, pois assim você poderá tocar nas águas e sentir a diferença entre os rios.
Os rios permanecem separador por tantos quilômetros devido a diferenças de temperatura, velocidade, densidade e acidez da água.
O Rio Solimões é o mais claro, com água cor de barro. Sua temperatura média é de 22º e ele percorre um longo caminho, passando inclusive embaixo da cordilheira dos Andes.
O Rio Negro é o que tem a cor mais escura, justificando seu nome. A temperatura da água é em média 28º e a coloração mais escura se deve ao alto nível de decomposição vegetal.
A melhor época para conferir o fenômeno do encontro das águas é entre janeiro e julho, época das cheias.
Acredito que você já tenha ouvido falar no Festival de Parintins, ou já tenha escutado a música Vermelho, interpretada pela Fafá de Belém, ou a música Tic Tic Tac, interpretada pela Banda Carrapicho.
Essas músicas são originais das toadas do Festival de Parintins, um evento que deve estar na sua lista do que fazer no Amazonas. O Festival acontece todo mês de jungo e as apresentações se assemelham aos desfiles de escolas de samba no Rio de Janeiro, com a diferença que aqui existem apenas dois grupos, o do boi Garantido e do boi caprichoso.
A mais de cem anos grupos se reuniam nas ruas de Parintins para encenar o folclore de boi-bumbá. Nessa história uma grávida – Catirina -_estava com desejo de comer língua de boi e seu marido – Francisco- muito atencioso resolveu providenciar o prato para a esposa.
O problema é que o boi que ele matou era o boi preferido do patrão, que ficou furioso e ameaçava matá-lo também. Um pajé resolveu a história trazendo novamente o boi a vida e salvando a pele de Francisco e fazendo com que a história acabasse bem.
Hoje o Festival de Parintins chega a atrair 100 mil pessoas durante as 3 noites de evento que acontece no Bumbódromo.
As torcidas do boi Garantido e Caprichoso ficam de lados opostos do bumbódromo e participam ativamente da festa. Quando seu boi está se apresentando eles torcem fervorosamente, mas quando é o boi concorrente que está na pista devem fazer silêncio. Vaias fazem com que seu boi perca pontos na contagem final.
O boi Garantido é representado pela cor vermelha e o boi Caprichoso pela cor azul. A rivalidade é tanta que marcas como a Coca-Cola e a Brahma, que usam a cor vermelha em suas identidade visual, fazem produtos na cor azul especialmente para o Festival, para agradar a torcida do boi Caprichoso.
Onde se hospedar em Parintins?
– Hotel Icamiabas
– Pousada Nina
Se você quiser ver botos cor-de-rosa de pertinho Novo Airão é o lugar certo para isso. Você poderá observá-los enquanto são alimentados e depois pode até tocar neles.
A história começou com a Dona Marilda, que era dona de um restaurante flutuante na cidade. Ela começou a alimentar os botos que apareciam de vez em quando por ali e os bichinhos gostando da comida fácil começaram a retornar com mais frequência.
Essa maior recorrência de botos chamou a atenção dos turistas que visitavam o local para interagir com os botos, inclusive nadar com eles. Hoje o Flutuante dos botos está sob cuidado de órgãos de proteção ambiental e não é mais possível entrar na água com eles.
Mesmo assim você ainda pode ver de pertinho o boto vermelho, que é comumente chamado de cor-de-rosa e é personagem de lenda do boto.
Onde se hospedar em Novo Airão?
– Pousada Novo Airão
Na lenda do boto o animal sai das águas durante as noites de festa e lua cheia e transforma-se em um belo rapaz que veste branco e tem um chapéu para disfarçar seu grande nariz.
Ele anda pelas festas procurando a solteira mais bonita, a leva para o fundo do rio e a engravida. O boto depois abandona a moça e volta a seu estado animal. Costuma-se dizer que a criança é filha do boto quando o pai é desconhecido.
O Pico da Neblina é o ponto mais alto do Brasil, com 2.995 metros de altura. O nome se deve ao topo da montanha estar constantemente encoberto por nuvens, o que muitas vezes o deixa invisível.
O local que faz fronteira com a Venezuela só foi agregado ao Brasil depois da definição da fronteira com o país vizinho. O Pico da Neblina está em uma reserva indígena, da tribo Yanomami, e o parque ficou fechado a partir de 2003 pois a exploração turística estava violando o direito dos indígenas.
Para alegria de quem gosta de explorar montanhas no ano passado os indígenas e o Instituto Chico Mendes decidiram em reunião pela reabertura do parque.
A reabertura estava prevista para o início deste ano, mas a pandemia atrapalhou os planos de todos. Acredito que ainda até o fim do ano o parque seja reaberto para visitação.
O que seria de uma lista do que fazer no Amazonas sem a Floresta Amazônica? No mínimo uma lista bem furada né?
A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo e ocupa metade do território brasileiro. Ela possui uma rica biodiversidade e também a maior bacia hidrográfica do mundo.
Sendo tão grande assim você devem imaginar que é possível visitá-las de várias maneiras. Existem opções luxuosas e outras nem tanto, lugares mais próximos da cidade ou bem no meio da floresta.
Pesquisando sobre lugares para ter uma experiência dentro da floresta sem ter que vender um carro para bancar eu encontrei a Pousada Juma Lake. Alguns amigos estavam com viagem marcada para agosto e ficariam nessa pousada e a Angie do blog Apure Guria também ficou por lá.
A pousada é simples, mas suficiente para quem presa mais pela experiência do que pelo luxo. Eles promovem diversas atividades na floresta como passeio de canoa, focagem de jacarés, mergulho (ai que medo) nas águas escuras do lago Juma, conhecer a vida dos ribeirinhos e até acampamento no meio da floresta.
Outra forma de explorar a região é fazendo cruzeiros pelo rio Amazonas. A empresa Amazon Clippers tem cruzeiros de 2 e 3 noites. Essa é a forma luxuosa de navegar, caso você seja do perrengue e queira ter uma experiência embarcado existem barcos utilizados pela população local que fazem trajetos até a Colômbia.
Se você gostou desse post salva ele no Pinterest pra consultar depois e manda praquele seu amigo que sempre quis conhecer o Amazonas.
Um abraço e muitas viagens!!
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Endereço: Av. Margarita, 6305 (antiga Uirapuru) – Manaus
Horário de Funcionamento: das 08h30 às 17h, todos os dias exceto quartas-feiras.
Ingresso: R$ 30,00 para visitas por conta própria e R$ 50,00 visitas guiadas. Crianças até 5 anos não pagam.
Outras atividades: Para ver o nascer ou o pôr-do-sol e fazer a observação de pássaros é cobrado R$ 50,00 por atividade que deve ser agendada pelo e-mail agendamento@museudaamazonia.org.br
Mais informações: podem ser consultadas no site do Museu. É obrigatório o uso de calçado fechado.
Endereço: Av. Eduardo Ribeiro, 659 – Centro – Manaus
Horário de Funcionamento: de terça a sábado, das 9h às 17h, e aos domingos, das 9h às 14h
Ingresso: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Amazonenses não pagam.
Mais informações: no site do Teatro.
Endereço: Rua dos Barés, 46 – Manaus
Horário de Funcionamento: de segunda a sábado das 06 h às 18 h e domigos e feriados das 06 h às 12 h
Mercadão Cultural: evento que acontece na última sexta-feira do mês durante a noite
Endereço: Praça Heliodoro Balbi, s/n – Centro – Manaus/AM
Horário de Funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h, aos sábados, das 9h às 14h.
Ingresso: grátis
Endereço: Igarapé São João – Afluente do Igarapé do Tarumã Mirim (Zona Rural)
Acesso: Somente por via fluvial (barco, de 25 a 30 minutos) pela Marina do David, no final da Estrada da Ponta Negra.
A travessia é feita pela ACAMDAF (092) 3658-6159, que cobra R$ 14 pela ida e pela volta.
Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 16h, sendo a última visita com início às 15h
Ingressos: R$ 10,00
Endereço: Bumbódromo – Av. Nações Unidas, s/n – Centro, Parintins
Quando acontece: durante 3 dias no mês de junho
O que é: festa folclórica que representa a lenda do boi-bumbá pelos grupos rivais do boi Garantido e do Boi Caprichoso
Mais informações: no site do Festival
Endereço: R. Antenor Carlos Frederico, 43, Novo Airão
Horário de Funcionamento: de terça a domingo, das 09 h às 17 h
Ingresso: R$ 20,00
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