Passagens compradas para um destino até então pouco explorado pelos brasileiros: Namíbia. Depois de passada a empolgação inicial e aquele sentimento de “Uau! Vamos conhecer a África” começaram as questões práticas. Onde se hospedar, como se locomover, precisamos tomar vacina, faremos Safari? Pouco a pouco essas questões foram se resolvendo e algumas só foram esclarecidas lá, depois de quebrar um pouco a cabeça. Fizemos então esse “guia” pra você: O que saber antes de ir pra Namíbia.
A primeira coisa que pegou foi a questão do visto. A Namíbia não exige visto de brasileiros, mas a Angola sim, e nosso voo teria uma escala em Luanda. Na hora de comprar a passagem nem tinha pensado nisso e depois fiquei com a pulga atrás da orelha. Esclareci a questão com a empresa área TAAG. O visto não seria necessário pois não passaríamos pela imigração em Luanda. Até chegar no aeroporto ainda havia uma pontinha de dúvida, mas é isso mesmo. Se fizer apenas escala em Angola não precisa de visto. Foi um alívio.
O aeroporto principal da Namíbia é o da capital Windhoek. Aproveite e leia esse post: O que fazer em Windhoek?
O segundo ponto importantíssimo foi a questão das vacinas. Cada país tem um certo tipo de exigência com relação a isso. Para tirar qualquer dúvida sugiro que entre no site da Anvisa e faça seu cadastro. Depois de acessar com login e senha é possível consultar as exigências de cada país. A Namíbia (assim como a Angola) exigem o Certificado Internacional de Vacinação contra a febre amarela. Pra conseguir o Certificado você deve tomar a vacina e levar o comprovante até algum posto da Anvisa. Neste site é possível verificar quais locais emitem o certificado na sua região.
A Malária também é doença que preocupa nessas regiões, porém para ela não há vacina. Ficamos em dúvida entre tomar ou não alguns remédios que procuramos na internet que seriam uma forma de profilaxia. O que não tinha efeitos colaterais muito severos era extremamente caro e os outros dava até medo de ler a bula, vários efeitos colaterais. Acabamos optando por não tomar remédio algum, até porque não nos consultamos com um médico. Compramos apenas alguns comprimidos de vitamina B que poderiam ajudar a manter os mosquitos longe. Por sorte não tivemos maiores problemas. O maior risco ocorreria no Parque Etosha mas não vimos muitos mosquitos por lá e por precaução usamos calças e camisas de manga longa. Se você vai para algum lugar onde há alto risco de malária, sugiro procurar um médico pra ter maiores orientações.
Nossa terceira preocupação eram as estradas. Não tínhamos certeza se seriam pavimentadas ou não. Não tivemos muitos problemas com estradas, a não ser por um caminho esdrúxulo que o GPS nos mandou fazer. As outras estradas eram, ou pavimentadas, ou em bom estado de conservação. Aconselharia um 4×4 para não correr o risco de ser mandado para um caminho mais off road. Também tenha certo cuidado antes de seguir viajem dizendo “amém” para que o GPS diz. É aconselhável pesquisar outra fonte (Google Maps ou mapas em papel, se você tiver algum).
Leia Uma aventura pelas estradas da Namíbia até Sesriem
Não vimos muitos transportes públicos na Namíbia. Ou você aluga um carro, ou fecha uma viagem com caminhões de turismo. Nós alugamos um carro na locadora Britz. O carro era ótimo e equipado com barracas e acessórios de cozinha,tudo pronto para acampar. Na hora de retirar o veículo fique muito atento na hora de inspecionar o carro para não ter problemas depois. Na hora da retirada não notamos que o step estava murcho e na devolução quase tivemos que pagar por ele. (ainda bem que nosso pneu não furou, senão estaríamos perdidos).
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As distâncias entre as cidades são grandes, então sempre que encontrar um posto de combustível é prudente abastecer. A diferença de preços entre os lugares não é muito grande, encontramos diesel variando entre R 10,71 e R 11,03 por litro. Trinta centavos de dólares namibianos não serão nada comparado a dor de cabeça de ficar no meio da estrada sem combustível. As estradas são bem desertas e pode demorar horas até alguém te socorrer.
Hospedagem: Se você quiser visitar Sossusvlei e o parque Etosha e é um viajante sem muitos recursos financeiros, como a gente, considere alugar um carro com barraca ou leve sua própria barraca. Você terá apenas duas opções de hospedagem: campings ou hotéis de luxo. Nosso bolso não estava preparado para a facada dos hotéis de luxo e o acampamento foi incrível. Dica: se tiver problemas em dormir em sacos de dormir leve um lençol. Uma toalha de louça/pano de prato também será útil.
Leia também: Hospedagem em Sesriem: Luxo ou Aventura?
Você não vai conseguir trocar reais aqui no Brasil por dólares namibianos para levar para a Namíbia. Cartões de crédito Visa e Master são aceitos em muitos lugares mas segundo o guia Lonely Planet alguns turistas tiveram seus cartões clonados, nós não arriscamos. Também não leve reais que eles não farão a conversão lá. O ideal é levar o dinheiro em dólares ou euros. Você poderá fazer a troca no aeroporto mesmo, ou nas cidades de Windhoek e Swakopmund. A cotação foi igual, independente do lugar. Para fazer uma conta rápida 12 dólares namibianos correspondem a 1 dólar americano. (Em fevereiro de 2017)
A cobertura de internet e telefone da Namíbia não é excelente mas é totalmente aconselhável comprar um chip com cobertura de dados e voz. Nunca se sabe se vai ser necessário pedir socorro em algum lugar. Nós compramos da operadora MTC. O chip custou R 7,00 e o pacote Aweh-Gig em torno de R 40,00. Tivemos acesso a 1,5 GB de internet e 600 minutos de ligação por 7 dias (só para a Namíbia). Por sorte não precisamos gastar nem um minuto da nossa franquia de voz.
Eletricidade: As tomadas na Namíbia são bem diferentes. Nem meu adaptador universal deu jeito lá, o que prova que ele não é tão universal assim. Não tivemos problema em encontrar outro adaptador e ele não custa caro. Nos aeroporto, mercados e lojas de souvenir você deve encontrar.
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Veja os comentários
Que massa, Bruna! Puta vigem legal!
Legal é pouco, Naya. Aguarde cenas dos próximos capítulos.
Quantos custa em media a estadia de uma semana na Namíbia?
Olá Hernani! Depende do seu estilo de viagem. Nosso estilo é mais voltado para o low cost e usamos bastante o airbnb. Quando fomos, em fevereiro de 2017, a média diária ficou em R$ 190, para 3 pessoas.
Como funciona a comida? mercados tem variedades de produtos? Existe fast food? Os restaurantes tradicionais valem apena? Etc.
Oi, Lucas. A gente não costuma gastar muito com restaurantes nas nossas viagens. Em Windhoek nós fomos ao Joe´s Beerhouse que é um lugar bem turístico. Nós provamos alguns pratos de carne que eram bem diferentes e a comida era boa, mas nada de excepcional. Em Swakopmund comemos no Brauhaus, que tem comida alemã, e era muito bom. Os mercados de Windhoek e Swakopmund tem uma boa variedade de comida sim. Em Sesriem existe um mercadinho pequeno, mas que não vai te deixar passar fome. Espero ter respondido a sua dúvida antes da viagem. Desculpe pela demora. Abraços, Bruna
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