Hoje nosso post da série Viagens Imaginárias desembarca novamente no Norte do país. Vamos descobrir o que fazer no Acre e se você é adepto daquela piadinha que o Acre não existe fica aqui pra descobrir que ele existe sim, e que tem um monte de coisa pra ver.
A palavra Acre significa “rio dos jacarés” na língua dos índios Apurinãs, que são os primeiros habitantes do estado.
Eu sinceramente não entendo qual o motivo da piada com o Acre, talvez seja porque ele foi o último estado a ser incorporado ao Brasil, depois de um acordo com a Bolívia. Será?
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Gameleira é uma árvore que foi a responsável pela criação da cidade de Rio Branco. Em 1882 Neutel Maia, um cearense, navegava pelo Rio Acre em busca de uma terra para cultivar seringueiras. Ele se encantou com uma grande árvore Gameleira e resolveu ficar por ali.
Foi assim que surgiu a cidade de Rio Branco e sua primeira rua, o Calçadão da Gameleira, às margens do rio Acre.
Hoje o calçadão tem diversos restaurantes com comida regional e onde você pode provar o Copo Sujo. Uma bebida típica feita com suco de limão, cerveja e sal na borda do copo, parecida com a bebida que em outros países da América do Sul é conhecida como Michelada.
O parque Capitão Ciríaco é o único seringal urbano do mundo e fica no meio da cidade de Rio Branco.
O local pertenceu a Ciríaco Joaquim de Almeida,um maranhense que migrou em busca de uma terra para chamar de sua. Ali ele se estabeleceu e sua propriedade foi sendo cercada pela cidade de Rio de Branco.
Um dos motivos para a preservação do seringal é o apego que a família de Capitão Ciríaco tinha com a chácara. Só aceitaram a desapropriação pois era para a prefeitura e com o intuito de conservação da história do local.
O parque foi criado em 1994 e as casas que lá haviam foram mantidas, junto com o defumador que era utilizado para a produção das pelas de borracha.
Em 2016 o parque sofreu um incêndio e infelizmente perdeu todo o acervo que mantinha e parte das 350 seringueiras e diversas árvores frutíferas.
Agora, depois de 4 anos, a prefeitura divulgou a revitalização e reflorestamento do Parque Capitão Ciríaco, que vai contar com a ajuda da Embrapa.
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Essa é uma biblioteca misturada com museu que foca nos temas amazônicos e dos povos da floresta. A história do Acre, de índios e seringueiros e da luta de Chico Mendes é o que diferencia essa biblioteca das demais.
São 3 andares de uma arquitetura moderna inspirada na cultura indígena e lá você poderá conhecer muitas histórias relacionadas ao Acre, a luta ambientalista e a biodiversidade da Amazônia.
Chico Mendes tem destaque na Biblioteca da Floresta, além dos povos da floresta (indígenas e seringueiros). A Biblioteca tem exposições multimídia, livros que contas as lendas da Amazônia e um acervo com peças indígenas e uma réplica da casa de um seringueiro.
A Passarela Joaquim Macedo é uma ponte estaiada de 200 metros de comprimento liga o Centro da cidade de Rio Branco ao Segundo Distrito.
Além da bonita estrutura a ponte também se destaca por ser exclusiva para pedestres e ciclistas. Isso chama a atenção atenção para o fato de Rio Branco ter a maior rede cicloviária do Brasil, com aproximadamente 160 km de ciclovias.
Se apenas apreciar obras de engenharia não for a sua praia saiba que a passarela também é usada para propósitos mais radicais. Ali também são realizados os Saltos Pêndulo. Você pula da ponte amarrado por cordas e fica balançando de um lado pro outro. No fim desse post tem o contato da empresa que realiza essa maluquice.
Pra fechar as dicas do que fazer em Rio Branco eu escolhi o Palácio Rio Branco. O edifício foi sede do governo do Acre por muitos anos e a construção que se vê hoje foi encomendada pelo governador Hugo Carneiro, que não gostou do antigo prédio de madeira que viu quando chegou ali.
O arquiteto foi um alemão que se inspirou nas construções gregas, por isso o Palácio tem grandes colunas na sua fachada.
Hoje o edifício serve como museu que conta a história da Revolução Acreana, um pouco da sua própria construção e tem muita informação sobre os povos da floresta que viviam e os que ainda vivem no Acre.
Além da parte histórica os visitantes também podem conhecer as salas que ainda são utilizadas pelos governadores para solenidades e reuniões.
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A 50 km da capital Rio Branco fica o Sítio Arqueológico Jacó Sá. Nesse local estão alguns dos geoglifos brasileiros, que são grandes figuras desenhadas no chão.
Os desenhos brasileiros são simples – um quadrado com um círculo no meio – mas o que impressiona são as dimensões. São 20 mil metros quadrados e as linhas foram “desenhadas” cavando uma vala de 11 metros de largura por 2 metros e meio de profundidade.
Não se sabe a real origem dos desenhos, que teriam sido feitos entre 2500 e 1500 anos atrás, e nem seu significado, especula-se que teriam sido usados para abastecimento de água, como trincheiras e até como criadouro de tartarugas.
Os integrantes da etnia Huni Kuin em 2016 descreveram o geoglifo como uma ‘tatuagem na terra’ sugerindo que teria usado pelo povos que viviam ali como uma forma de identificar seu território.
Se as formas não são assim tão empolgantes, a maneira de conhecê-las certamente é. A empresa Eme Amazônia realiza passeio de balão que permitem o visitante observar o geoglifo e toda a beleza da floresta Amazônica do alto.
A cidade de Xapuri fica a 180 km de Rio Branco e é tornou-se famosa por ter sido a cidade onde nasceu, viveu e morreu Chico Mendes. Ele é provavelmente o acriano mais conhecido no mundo todo e a principal atração de Xapuri é o Complexo Chico Mendes.
Chico começou a trabalhar muito cedo na floresta e só foi ser alfabetizado com 20 anos. Com passar dos anos, além de seringueiro ele se tornou um líder sindical e foi também um ativista ambiental reconhecido no mundo todo. Recebeu reconhecimento por ser um dos maiores defensores da floresta amazônica e com isso ganhou também muitos inimigos.
Sua luta contra o desmatamento desagradou muitos fazendeiros e em 1988, com 44 anos, foi morto na porta de sua casa em Xapuri.
A história de Chico Mendes atrai muitos turistas para a cidade de Xapuri com a intenção de conhecer a casa onde ele morou e foi assassinado. A casa ainda tem a mesma disposição dos móveis e objetos da época em que ele viveu ali.
Infelizmente a casa de Chico Mendes está fechada para visitação no momento, mas eu optei por manter aqui a indicação pois a prefeitura está planejando a sua reabertura. Se tem vontade de visitar faça uma pesquisa antes de ir pra não se frustar depois.
Eu indicaria nesse post o Festival Yawa, até que nos 45 do segundo tempo consegui contato com a Renata Reluz, que me informou que o Festival foi descontinuado.
Isso não é motivo para você desanimar pois existem diversas opções de imersão para conhecer a cultura indígena dos povos amazônicos, os povos originários.
As aldeias ficam afastadas das cidades e geralmente é preciso de um barco para chegar até lá, mas todo o percurso já torna a experiência ainda mais extraordinária.
Nesses dias de contato com os povos amazônicos você vai participar das celebrações, provar da culinária indígena, entender o motivo da pintura corporal além de se conectar com a natureza e consigo mesmo.
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Cruzeiro do Sul é a segunda maior cidade do Acre e um dos seus cartões postais é a Catedral de Nossa Senhora da Glória. A sua construção começou em 1915 e era toda feita em madeira, em estilo Germânico. Anos mais tarde foi reconstruída em alvenaria mas manteve a arquitetura singular e diferente do padrão de igrejas que estamos acostumados.
Outra obra que chama a atenção em Cruzeiro do Sul é a Ponte da União, que foi construída com tecnologia antiterremoto, já que o estado é o que mais sente os tremores de terra aqui no Brasil.
Além disso em Cruzeiro do Sul você pode fazer um passeio pelo Rio Crôa e passar os dia desfrutando da floresta amazônica e também conhecer o trabalho de Maqueson, um marcheteiro famoso pelos belos trabalhos em madeira, como bolsas e quadros.
O ponto de partida para a Serra do Divisor é a cidade de Mâncio Lima, que fica a 35 km de Cruzeiro do Sul.
O Parque Nacional da Serra do Divisor fica na divisa com o Peru e para chegar lá só de barco. E o trajeto não é rápido não, a viagem dura em média de oito a doze horas.
Mas todo o perrengue é aventura pra quem busca esse tipo de experiência, e a experiência compensa. Esse é o quarto maior parque brasileiro e tem a maior biodiversidade da Amazônia.
Lá você pode fazer trilhas e conhecer cachoeiras, visitar o mirante serra da Jacirana e aproveitar uma piscina que se formou do Buraco da Central, um buraco que foi feito na época de 40 em busca de petróleo e que nunca mais parou de jorrar água.
Confesso que foi uma tarefa árdua achar informações sobre o Acre, mas com um pouco de persistente eu consegui selecionar lugares que com certeza eu quero conhecer.
Se você tem dicas do Acre deixa pra gente nos comentários e já salva esse post no Pinterest pra consultar depois.
Um abraço e muitas viagens!!
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Endereço: Tv. Cabanelas – Seis de Agosto – Rio Branco
Endereço: Via Parque da Maternidade s/n Centro, Rio Branco
Horário de Funcionamento: de segunda a sexta, das 08h às 17h
Endereço: paralela a Ponte Coronel Sebastião Dantas
Salto Pêndulo: o salto é realizado pela empresa Garra Grupo de Aventura e Rapel Radical. Telefone para contato: (68) 99226-6788
Endereço: Praça Eurico Dutra, s/n – Rio Branco
Horário de Funcionamento: de segunda a sexta, das 8h às 18h
Mais Informações: pelo telefone (68) 3223-9262
Empresa que realiza: Eme Amazônia
Endereço: Rodovia AC 01, 929 – Rio Branco
Mais Informações: pelo telefone (68) 98100-8000
Endereço: R. Batista de Morais, Xapuri
Horário de Funcionamento: atualmente o local está fechado e em negociação para reabertura. Consulte antes de ir.
Empresa que realiza: Grupos de Viagem
O que é? Retiros, vivências e festivais com povos indígenas de várias etnias amazônicas.
Mais Informações: pelo site ou pelo telefone (68) 99916-1000
Catedral de Nossa Senhora da Glória: R. Rui Barbosa – Centro – Cruzeiro do Sul – AC
Marchetaria da Floresta: Rua Do Condamine, 514 – Cruzeiro do Sul
Passeio no Rio Crôa: uma opção é a Pousada Canto e Encanto da Janaína. Para reservas e transporte falar com Cintia (68) 984285328
Não é fácil chegar ao Parque Nacional da Serra do Divisor, portanto o melhor a fazer é contatar a administração do Parque pelo telefone (68) 3322-7851/ 3322- 1203 para verificar necessidade de autorização prévia e também barqueiros disponíveis para realizar o trajeto e hospedagem.
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