Destino RBBV

Roteiro Chapada dos Veadeiros – 7 dias de cachoeiras

Adoradores de cachoeiras…
…se vocês não conhecem a Chapada dos Veadeiros estão perdendo tempo. Aproveitem as promoções que sempre aparecem para Brasília e já definam o destino da sua próxima viagem com a ajuda do nosso Roteiro Chapada dos Veadeiros.

Nossa ida pra lá foi meio “na louca”. A gente tinha férias sem destino e milhas a expirar. Procurando lugares que “coubessem” na nossa quantidade de milhas achamos apenas Brasília. Mas a gente já conhecia a cidade e queria algo mais legal. 

Foi aí que apareceu no meu Google Maps a Chapada dos Veadeiros. Porque não? Uma ótima oportunidade de conhecer mais um pedaço de paraíso que fica no nosso imenso Brasil. 

Leia os outros posts que fizemos sobre a Chapada dos Veadeiros:
– Catarata dos Couros, a melhor surpresa da Chapada dos Veadeiros
Vale da Lua: Chapada dos Veadeiros de Outro mundo
– Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros: trilhas para se conectar com a natureza

Como chegar até a Chapada dos Veadeiros

A forma mais fácil de chegar até a Chapada dos Veadeiros é voar até o aeroporto de Brasília e de lá pegar a estrada até Alto Paraíso de Goiás, uma das cidades que são base para a visita das cachoeiras.

São 230 km de Brasília até Alto Paraíso de Goiás  e recomendamos bastante que você alugue um carro. Até existe opção de ônibus que faz o trajeto, mas esse não é o problema. A questão é que as cachoeiras ficam afastadas uma das outras. A maioria dos guias não tem carro e não há transporte público que leve até as cachoeiras.

Um carro popular já dá conta do recado, mas caso você queira visitar algumas cachoeiras como a do Macaquinho e as do Complexo do Rio do Prata o melhor mesmo seria uma caminhonete pois as estradas de acesso não são das melhores.

Falando em estrada, cuidado se for dirigir à noite até Alto Paraíso de Goiás pois a sinalização não é boa e existem alguns buracos na pista. Nós saímos de Brasília perto das 21h e chegamos até Alto Paraíso depois da meia noite. 

Ônibus ou carro?

Caso queira se aventurar de ônibus e tentar uma carona por lá para as cachoeiras, a empresa que faz o trajeto é a Real Expresso. O ônibus sai da Rodoviária Interestadual de Brasília diariamente às 10h e 19h.

A duração do percurso durante o dia é de 4 horas e 15 minutos e a noite 3 horas e 20 minutos. A saída de Alto Paraíso de Goiás para Brasília acontece sempre às 03h e às 13h45. A passagem convencional custa R$ 45,00 cada trecho (out/2019).

Nós alugamos um carro na Rentcars para uma semana e o valor ficou em R$ 630,00. Faça uma comparação de valores e veja o que vale mais a pena para você. 

Se for alugar um carro, a gente tem parceria com a Rentcars. Você não paga nada a mais por isso e ainda nos ajuda a manter o blog.

Onde ficar na Chapada dos Veadeiros?

A Chapada dos Veadeiros não se restringe a apenas uma cidade. O parque Nacional da Chapada fica entre São Jorge e Cavalcante, mas existem diversas propriedades privadas com cachoeiras, que você vai querer visitar, espalhadas por São Jorge, Alto Paraíso de Goiás e Cavalcante.

No nosso Roteiro Chapada dos Veadeiros, escolhemos ficar em Alto Paraíso de Goiás e São Jorge, mas nos arrependemos de não ter dormido também em Cavalcante. Nós fizemos duas cachoeiras que ficam mais próximas de Cavalcante e o trajeto é cansativo. Se fossemos voltar com certeza ficaríamos por lá pelo menos duas noites.

Vendinha 1961, restaurante delicioso em Alto Paraíso de Goiás

Se você prioriza uma cidade um pouco mais estruturada Alto Paraíso de Goiás é a melhor opção. As outras são vilas menores, com menos opção de restaurantes e comércio.

Qual cidade escolher?

Para que você possa escolher menor, vou colocar aqui uma lista de cachoeiras que ficam mais próximas de cada uma das cidades. Acredito que isso vai ser útil para decidir onde ficar na Chapada dos Veadeiros

Alto Paraíso de Goiás: Catarata dos Couros, Almécegas e São Bento, Cristais, Loquinhas, Anjos e Arcanjos, Macaco e Macaquinho, Água Fria, Praia do Jatobá, Vale Dourado – Bóia Cross, Tirolesa Voo do Gavião e Sertão Zen.

Opções de Hospedagem em Alto Paraíso de Goiás:

Gosta de ETs? Fique no Chappada

São Jorge: Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Vale da Lua, Encontro das águas, Cannionismo, Éden Águas Termais, Segredo, Raizama, Morada do Sol, Cordovil, Lajeado, Poço Esmeralda, Praia das Pedras e Mirante da Janela  

Opções de hospedagem em São Jorge:

Garanta sua hospedagem com o Booking.com

Cavalcante: Cachoeira Santa Bárbara, Candaru e Capivara, Fazenda Veredas, Ave Maria, Ponte de Pedra, Poço Encantado e Complexo do Rio do Prata.

Opções de hospedagem em Cavalcante:

Quantos dias ficar na Chapada dos Veadeiros?

Não há uma resposta certa ou errada para essa pergunta, a mais adequada é: depende. Eu sei que essa é a resposta mais irritante que alguém pode dar, mas infelizmente não tem como eu definir isso por você.

O nosso Roteiro na Chapada dos Veadeiros foi de 7 dias. Eu estava crente que ia conhecer a maioria das cachoeiras, mas chegando lá descobri que existem muitas outras que eu nem imaginava. 

Você pode ficar 30 dias na Chapada que ainda assim não vai esgotar todas as cachoeiras que existem por lá. Por isso não há como eu te dizer quantos dias ficar, mas acredito que pelo menos 4 dias são necessários para curtir de verdade o lugar.

Roteiro Chapada dos Veadeiros – 7 dias pra renovar suas energias

Agora que você já sabe o básico vamos ao nosso Roteiro na Chapada dos Veadeiros. Como eu disse anteriormente nós chegamos ao aeroporto de Brasília já a noite, portanto esse dia eu nem vou considerar. A gente pegou o carro na Rentcars e já seguiu para Alto Paraíso de Goiás, onde ficamos os primeiros dias.

Dia 1 – Pousada Veredas

O primeiro dia oficial do nosso Roteiro na Chapada dos Veadeiros foi conhecendo a Pousada Veredas. Ela fica em Cavalcante, então tivemos que dirigir aproximadamente uma hora e meia até lá.  

Na Pousada você paga o valor de R$ 25,00 e pode visitar seis cachoeiras: A Veredas, a Veredinha, Poço Encantado, a Cobiçada e a Toca da Onça e a Véu de Noiva. Nós fomos em apenas três e não fomos até a Veredas, que é a maior delas, pois há um trecho acessível apenas com carro 4×4 e se fôssemos a pé ia demorar bastante. 

Nós arrependemos um pouco de não ter ido, mas era apenas o primeiro dia e a gente não quis arriscar. 

Para chegar até as outras cachoeiras você tem que enfrentar uma boa subida. Depois você escolhe que caminho tomar, um deles leva para a Veredinhas e o outro para o Véu da Noiva. Nós fomos primeiro até a Veredinhas. 

Ela fica em um abismo lindíssimo e suas águas correm para formar a cachoeira Veredas. Você tem que atravessar um pequeno riacho e descer por escadas de ferro até chegar lá, mas vale a pena. O lugar é lindo e nós desfrutamos da cachoeira sozinhos. 

Para chegar até as outras cachoeiras você tem que passar por uma ponte muito sinistra. Ela é de madeira e cabos de aço, mas faltam diversas ripas. Rolou um momento adrenalina ali, mas por fim deu tudo certo. 

Na Pousada Veredas não há estrutura nenhuma nas cachoeiras, você vai por sua conta e risco. Logo depois da ponte você chega até a cachoeira Poço Encantado. Ela é bem menor e simples, tanto que nem tomamos banho aqui, seguimos para a próxima. 

A próxima foi a Cobiçada que não tem um acesso muito fácil. Você tem que descer por um paredão de pedras até ela. Essa cachoeira forma pequenas piscinas na sua base e é gostoso sentar ali para receber os jatos de água nas costas. Quase uma hidromassagem.

Depois dali a gente até procurou as outras, mas como não havia mapa ficamos com medo de nos perder e começamos a voltar. A gente até podia seguir a outra trilha para o Véu da Noiva mas a fome tinha batido e o cansaço também. Encerramos nosso dia com essas três cachoeiras que foram um belo começo na Chapada dos Veadeiros.

Dia 2 – Catarata dos Couros

O dia dois começou em um dos lugares que foi nosso preferido na Chapada dos Veadeiros, a Catarata dos Couros. São três cachoeiras onde você pode tomar banho e a segunda delas é simplesmente maravilhosa.

Catarata dos Couros

Para chegar até lá não há muita sinalização, mas a gente explicou tudinho nesse post aqui: Catarata dos Couros, a melhor surpresa da Chapada dos Veadeiros. Vale a pena dar uma olhada pois está bem completo.

Essa cachoeira é mais próxima de Alto Paraíso de Goiás e o tempo que você leva pra chegar até lá e aproveitando o banho não te deixam tempo suficiente para combinar com nenhuma outra cachoeira.

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Dia 3 – Almécegas e Vale da Lua

Fazenda São Bento –  Cachoeiras Almécegas I e II e São Bento

O dia três do nosso roteiro na Chapada dos Veadeiros foi bem aproveitado. Fizemos três cachoeiras e ainda conseguimos visitar o Vale da Lua.

Começamos o dia na Fazenda São Bento, que fica a poucos quilômetros de Alto Paraíso de Goiás. Lá você tem a cachoeira São Bento, a Almécegas I e a Almécegas II. Eu se fosse você faria o seguinte itinerário: começaria pela São Bento, iria até a Almécegas II e fecharia com chave de ouro na Almécegas I.

Almécegas I e II e São Bento

A primeira cachoeira – São Bento – fica logo na entrada da Pousada. Ela tem um grande poço onde quem gosta de nadar pode dar algumas braçadas. O caminho até lá é bem fácil e você pode ter a sorte de ver os pássaros da pousada voando por ali. Se quiser visitar apenas a São Bento a entrada custa R$ 15,00 (out/2019).

Dia 3 do roteiro Chapada dos Veadeiros – Cachoeira São Bento

Depois você terá que pegar o carro para avançar até as Almécegas. Para visitar as três cachoeiras a entrada custa R$ 40,00. Como eu disse anteriormente, comece pela Almécegas II. A trilha até lá é bem fácil, tem apenas 300 metros e você passa pela vegetação do cerrado e pode ver algumas flores bem bonitas.

A Almécegas II não é muito grande, mas tem alguns paredões de pedra e locais onde é possível deitar e pegar um solzinho.

Almécegas II

A Almécegas I é a que vai te dar um pouco mais de trabalho. Para chegar até ela a trilha é mais comprida, cerca de 1,5 km em um caminho íngreme. Primeiro você chega ao mirante e pode ver de cima a beleza da Almécegas I que tem 50 metros de altura.

Mas já que você está lá pra aproveitar e não só pra olhar, depois do mirante você vai ter que encarar uma dura descida. Por sorte há uma escadinha que te leva até lá embaixo. O esforço vale a pena pois a cachoeira é linda também vista de baixo.

Almécegas I

A Pousada ainda oferece um rapel para quem é corajoso e quer se aventurar. No dia que fomos não vi pessoas descendo, portanto é melhor se informar primeiro. O valor é R$ 150,00 e a empresa que faz o rapel é a Travessia Ecoturismo que pode ser contatada pelo telefone (62) 3446-1595.

Vale da Lua

A visita a Fazenda São Bento não é muito demorada, então você pode combinar com alguma outra cachoeira que fique próxima de Alto Paraíso de Goiás. No nosso caso, resolvemos conhecer no mesmo dia o Vale da Lua. 

Se eu tivesse feito o dever de casa direito e tivesse olhado onde ficava cada coisa de uma forma mais prática nosso roteiro na Chapada dos Veadeiros não teria sido esse vai e volta, mas tudo bem. Pelo menos assim vocês ficam sabendo que dá pra fazer melhor.

Vale da Lua

O Vale da Lua fica bem próximo de São Jorge, então se você quiser, pode combinar a visita com alguma cachoeira que fique mais próxima da Vila. 

Pra quem quer saber detalhes do Vale da Lua eu já fiz um post sobre ele aqui: Vale da Lua: chapada dos veadeiros de outro mundo. O lugar realmente é surreal. O tempo e as águas do rio São Miguel esculpiram as pedras de um jeito que parece mesmo que você está em outro planeta.

Vale a pena a visita e a trilha também é tranquila. Lá existem dois pontos onde é permitido entrar na água, mas se prepare para a água mais gelada de toda a Chapada. O negócio é gelado mesmo.

Mais natureza pelo Brasil:
+ Parque estadual de Vila Velha – rochas esculpidas pelo tempo
+ Praias de Alagoas – conheça outras belas praias além de Maragogi
+ Centro do Rio de Janeiro – o que fazer em 1 ou 2 dias

Dia 4 – Santa Bárbara, Capivara e Candaru

A cachoeira Santa Bárbara é a queridinha do Instagram por ter uma água clarinha, de um azul muito bonito. Ela ficou no quarto dia do nosso roteiro na Chapada dos Veadeiros, então tivemos que voltar para Cavalcante.

Para visitar a Santa Bárbara é obrigatória a contratação de um guia, já que você vai entrar nas terras do quilombo Kalunga. A contratação pode ser feita no CAT de Cavalcante ou na entrada da comunidade Kalunga, o que costuma ser mais barato.

Apesar da Santa Bárbara ser a mais famosa, você ainda pode visitar outras duas cachoeiras, a Candaru e a Capivara. A entrada das cachoeiras custa R$ 30 (Santa Bárbara e Capivara) e R$ 40 (Santa Bárbara, Capivara e Candaru) e o guia R$ 100 se for visitar apenas as cachoeiras Santa Bárbara e Capivara e R$ 150 se for visitar também a Candaru. O valor do guia pode ser dividido em até 6 pessoas. 

Santa Barbarinha

O bom de contratar logo na entrada da comunidade Kalunga é a possibilidade de dividir o guia com mais pessoas. Quando chegamos lá encontramos o Gustavo, que estava sozinho e queria fazer a cachoeira Candaru.

A gente nem tinha pensado nisso, mas resolvemos dividir com ele o valor da guia Silvania e não nos arrependemos. Se você tiver tempo, aconselho que conheça as três cachoeiras. 

Escolha a ordem das cachoeiras

A trilha para a Candaru é a mais pesada, mas a cachoeira recompensa o esforço. É linda e tivemos ela só pra gente naquele dia. O único problema dessa cachoeira é que a trilha começa com descida e a subida é na volta. É uma subida de judiar qualquer perna, mas ficamos conversando com a nossa guia Sil e até que passou rápido.

Candaru

Fizemos a Candaru primeiro, mas talvez o melhor seria fazer a Santa Bárbara antes, por causa do sol. Como chegamos na Santa Bárbara depois do meio dia, o sol já estava se escondendo. A água fica naquele tom azul clarinho quando o sol bate e reflete a areia branca do fundo. 

Converse com o seu guia quando for fazer as trilhas e decidam qual a melhor sequência no dia em que você estiver por lá. Mesmo sem tanta luz, a cachoeira Santa Bárbara é única e maravilhosa, mas também cheia de gente. Quando for não deixe de passar um tempo também na Santa Barbarinha, que é um pouco menor mas igualmente bonita. 

Para chegar até a Santa Bárbara você passará por uma estrada de 4 km. Existe um transfer que custa R$ 5,00 a ida e R$ 5,00 a volta. Aconselho que o utilize se não quiser estragar todo o carro. A estrada é bem ruim.

A Santa Bárbara tem um limite diária de visitação de 300 pessoas, sendo no máximo 50 pessoas por vez. Você só pode ficar na cachoeira por uma hora, e os piores dias para visitação são os feriados e a segunda feira, que é quando o Parque Nacional tem apenas visitas guiadas.

Pra finalizar nosso dia fomos até a cachoeira Capivara, que tem a trilha mais fácil das três. O paredão de pedras é enorme e você pode aproveitar as piscinas que se formam na parte de cima da cachoeira ou descer uma trilha de pedras para ver ela de baixo e aproveitar uma piscina mais funda.

Cachoeira Capivara já no fim do dia

No final das trilhas você ainda pode passar na lojinha Kalunga e comprar produtos feitos pelos moradores da comunidade. Também é possível almoçar por lá. Caso queira, assim que chegar reserve seu almoço.

No caminho para Santa Bárbara não deixe de apreciar o Mirante e se tiver tempo também a Cachoeira da Ave Maria. Essa também é apenas um Mirante, mas dizem que é muito bonita. Não fomos pois já estava noite quando saímos, mas vontade não faltou.

Dia 5 – Trilha dos Saltos, Corredeiras e Carrossel

A trilha dos Saltos, Corredeiras e Carrossel é uma das quatro trilhas do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. O nível de dificuldade é moderado e caso você tenha alguma dificuldade de locomoção pode chegar até as corredeiras com um carro 4×4.

Salto de 120 metros

O trajeto todo dura em média 4 horas, mas isso vai depender bastante da sua disposição e vontade aproveitar o banho de rio. A gente detalhou melhor como foi a nossa trilha nesse post aqui: Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros: trilhas para se conectar com a natureza.

Dia 6 – Mirante da Janela e Morada do Sol

Mirante da Janela

O Mirante da Janela é um dos lugares mais fotogênicos da Chapada dos Veadeiros. Você já deve ter visto no instagram a foto de alguém no meio de pedras que formam uma “janela” e ao fundo uma cachoeira.  

O lugar fica na Vila de São Jorge e você seguirá a esquerda na bifurcação que no sentido contrário leva ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. É só seguir reto que no fim da subida você verá o estacionamento de discos voadores ao lado direito. 

O lugar ganhou esse apelido por ter diversos círculos em madeira, como se fossem vagas reservadas para os discos voadores, muito apreciados pelos frequentadores da Chapada.  

Trilha para o Mirante da Janela

Depois de alguns metros de trilha você encontrará uma casinha que é o local onde é cobrada a entrada. A entrada custa R$ 15,00 e não é obrigatória a contratação de guia. O senhor que recebe o dinheiro é super simpático, mas fala tão rápido que fica difícil entender as instruções em alguns momentos, na dúvida siga sempre a trilha.

Até chegar ao Mirante da Janela são aproximadamente 4 km de trilhas leves e bem pesadas. A pior parte fica por conta da primeira montanha que você terá que transpor. É na descida dessa montanha que fica a Cachoeira do Abismo, que não pudemos aproveitar pois fomos na época de seca e ela estava sem nenhuma gotinha d’água.

Aqui é fácil você perder a trilha, mas não se desespere. Olhe sempre para o campo aberto lá embaixo e veja o rastro deixado pelos outros turistas. Assim você terá pelo menos ideia de pra onde deve ir. 

Passando pelo campo aberto – que também te presenteia com o voo de algumas araras – resta apenas mais uma íngreme subida. 

Não há muita sinalização lá em cima. Se tiver grande fluxo de pessoas não haverá problemas para achar a janela, mas como não havia ninguém quando fomos batemos um pouco a cabeça, então vou tentar explicar o caminho.

Mirante da Janela

Quando você chegar ao topo, verá que existe uma espécie de praça lá em cima. Antes de chegar até a beirada do abismo você verá grandes pedras ao lado direito. Você terá que virar a direita logo antes dessas pedras gigantes e depois deve contorná-las, de modo que fiquem sempre ao seu lado esquerdo, até chegar ao abismo novamente e encontrar o Mirante da Janela. 

Espero que tenha sorte de chegar lá e não ter que enfrentar fila para a famosa foto. Mas mesmo que exista a fila não deixe de explorar um pouco o lugar, pois tem vários outros pontos bonitos para serem apreciados.

Morada do Sol

No nosso roteiro Chapada dos Veadeiros o dia 6 era todo dedicado ao Mirante da Janela, mas como a cachoeira do Abismo estava seca e nós retornamos para São Jorge perto das 14h, resolvemos encaixar alguma outra cachoeira no dia. A gente merecia um mergulho depois de 8 km de trilha. 

Como passamos no bar do seu Valdir pra matar a sede, perguntamos pra ele qual cachoeira próxima a gente podia ir. Ele nos indicou a Morada do Sol. Se vocês quiserem conversar com um legítimo garimpeiro aconselho que visitem o bar do seu Valdir.

 A cerveja é gelada, tem um salgadinho de Gergelim chamado Gergelico que é viciante e o seu Valdir tem cara de bravo mas quando você começa a perguntar do garimpo ele se empolga e vira seu amigo rapidinho. O bar do seu Valdir, chamado Cantinho da Ana, fica no final da Rua Dez, logo depois do Bar do Pelé (que é o único que vende pastel por lá).

Depois dessa dica nós seguimos de carro até a Morada do Sol que fica a aproximadamente 3 km de distância. A entrada custava R$ 20,00 por pessoas, mas como chegamos perto das 15h pedimos um desconto e o cara da portari fez 3 por R$ 50,00. 

Morada do Sol

A trilha até a cachoeira é de aproximadamente 2,5 km ida de volta. A maior parte do caminho é plano e tem uma escada para chegar até a cachoeira que eu chamaria de corredeira, pois é bem pequena.

A Morada do Sol fica no continuação do rio São Miguel, o mesmo das formações rochosas do Vale da Lua. Você vai reparar que aqui as rochas também foram modificadas pela água e tem formas arredondadas como no Vale da Lua. 

Nessa mesma fazenda você ainda pode visitar o Vale das Andorinhas e Barra das Douradas, mas não podemos opinar sobre esses lugares pois não tivemos tempo de conhecer.

Outra opção de Cachoeira que pode ser combinada com o Mirante da Janela, caso a cachoeira do Abismo esteja seca, é a Raizama. A gente não foi, mas gostei do relato da Jéssica do blog Em busco do Desconhecido e deixo o link aqui como mais um opção pra vocês: Cachoeira Raizama.

Dia 7 – Trilha dos Cânions e Cariocas

Para finalizar nosso roteiro Chapada dos Veadeiros voltamos ao Parque Nacional para fazer a Trilha dos Cânions e Cariocas. A cachoeira Cariocas é mais um piscinão pra aproveitar, já que a cachoeira fica no meio de cânion e pra chegar lá só nadando um bom pedaço.

A Cariocas é maior e mais chamativa. São alguns paredões de rocha e duas piscinas grandes pra se refrescar.

Cachoeira Cariocas

Essa é uma trilha moderada, com dificuldade apenas para acesso as cachoeiras por serem íngremes ou terem pedras para escalar. O trajeto todo é muito bonito e você pode apreciar bastante da flora do cerrado pelo caminho.

A gente também já escreveu um post detalhado sobre essa trilha e você pode conferir nesse link. 

Dicas do que levar para a Chapada dos Veadeiros

Pra terminar esse post sobre o nosso roteiro Chapada dos Veadeiros vou deixar dicas de itens importantes que você deve lembrar de levar para que seu passeio seja ainda mais agradável:

  • Protetor Solar – imprescindível para aqueles que não querem sentir a ardência de um vermelhão
  • Boné, chapéu, óculos de sol e/ou lenço – proteger sua cabeça do sol também é importante, ainda mais se você for branquelo como eu. Dá uma olhada na minha produção anti-sol.
  • Tênis ou bota de trilha – andar com o sapato adequado pode evitar acidentes e bolhas nos seus pés. Chinelo é bom na praia, mas nas trilhas eu não aconselho.
  • Repelente – tem muito mosquitinho querendo seu sangue por aquelas bandas. Se não quiser ficar se coçando o tempo todo use repelente.
  • Kit primeiros socorros – o básico para um eventual escorregão nas pedras ou bolhas nos pés.

Um abraço e muitas viagens!!

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Informações Práticas – Roteiro Chapada dos Veadeiros

Fazenda Veredas

Como chegar: em Cavalcante siga pela estrada a esquerda do CAT e vá até o fim da rua, depois vire a esquerda e siga as placas pelo caminho. Coordenadas 13°50’21.4″S 47°26’05.4″W
Entrada: R$ 25,00.
Melhor lugar para pernoitar: Cavalcante.

Catarata dos Couros

Como chegar: as estradas não tem nome então deixo aqui as coordenadas 14°16’41.1″S 47°45’25.3″W.
Entrada: grátis. Se for de carro terá que pagar estacionamento para os guardadores de carro, o valor é espontâneo.
Melhor lugar para pernoitar: Alto Paraíso de Goiás.

São Bento e Almécegas

Como chegar: saindo de Alto Paraíso de Goiás pegue a estrada que vai até São Jorge. A Fazenda fica a poucos quilômetros, do lado esquerdo. Coordenadas 14°09’29.2″S 47°35’00.2″W.
Entrada: R$ 15,00 apenas para a cachoeira São Bento e R$ 40,00 para todas as cachoeiras.
Melhor lugar para pernoitar: Alto Paraíso de Goiás.

Vale da Lua

Como chegar: saindo de Alto Paraíso de Goiás pegue a estrada que vai até São Jorge até o km 29 e vire a esquerda. Coordenadas 14°11’10.5″S 47°47’15.4″W.
Entrada: R$ 20,00.
Melhor lugar para pernoitar: São Jorge.

Santa Bárbara, Candaru e Capivara

Como chegar: difícil explicar em palavras, o melhor é você parar para perguntar o CAT ou usar as coordenadas 13°32’23.5″S 47°29’31.5″W.
Entrada: R$ 30,00 para as cachoeiras Santa Bárbara e Capivara e R$ 40,00 para Santa Bárbara, Capivara e Candaru. 
Guia: é obrigatória a contratação de guia pois as cachoeiras estão dentro da comunidade Kalunga. Para duas cachoeiras custa R$ 100,00 e para as três R$ 150,00. Um guia pode ser dividido em até 6 pessoas. Deixe para contratar lá na comunidade Kalunga que sai mais barat que nos CATs
Melhor lugar para pernoitar: Cavalcante.

Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros

Como chegar: o parque fica a 1 km do centro de São Jorge. É bem fácil de encontrar. Coordenadas 14°10’33.1″S 47°49’26.1″W.
Entrada: R$ 17 para brasileiros, R$ 26 para estrangeiros de países do Mercosul e R$ 34 para estrangeiros de outros países. Crianças de até 12 anos acompanhadas por adulto pagante não pagam. Às segundas acontecem apenas visitas guiadas.
Melhor lugar para pernoitar: São Jorge.

Mirante da Janela

Como chegar: na bifurcação que leva ao Parque Nacional escolha o caminho da esquerda. Coordenadas 14°10’41.1″S 47°50’21.1″W.
Entrada: R$ 15,00. 
Melhor lugar para pernoitar: São Jorge

Morada do Sol

Como chegar: saindo de São Jorge pegue a GO-239 sentido Colinas do Sul. Siga por poucos quilômetros, a entrada fica a esquerda. Coordenadas 14°11’41.6″S 47°50’11.2″W.
Entrada: R$ 20,00. 
Melhor lugar para pernoitar: São Jorge


Bru Odppes

Veja os comentários

  • Muito, informações bem completas!!!

    É tranquilo fazer esse roteiro com 2 meninas de 10 e 13 anos?

    Obrigado,
    Renato

    • Olá, Renato. Obrigada pelo seu comentário. Algumas trilhas são longas e tem algumas pedras soltas, mas se as meninas tem disposição para andar eu não vejo problemas. É bom apenas que algum adulto fique por perto, talvez caminhe na frente, para que elas possam se apoiar caso precisem descer em algum lugar com pedras soltas. Acredito que vocês vão adorar o lugar. Já estamos com vontade de voltar pra lá. Um abraço.

  • ola, tudo bem?

    quais cachoeiras precisa contratar guia?
    Como vamos passar 7 dias, vamos pegar um final de semana. Quais sao as cachoeiras para deixar para sabado e domingo e quais para dia de semana? pergunto porque entendo que no fds tem mais gente, então seria visitar as menos badaladas no fds.

    Obrigado!

    • Oi, Lucas. Tudo bem e vc? Nós estivemos na Chapada em 2018 e naquela época as únicas cachoeiras que exigiam guia eram a Santa Bárbara, Candaru e Capivara, que ficam dentro de uma área Kalunga. Com relação a quantidade de turistas durante os dias da semana e fim de semana eu não sei te responder, pois acredito que isso seja sazonal também. Deixo aquie o telefone do Centro de Atendimento ao Turista de Alto Paraíso de Goiás, talvez eles possam te ajudar melhor que eu. (62) 3446-1159 Um abraço e muitas viagens!! Bruna

  • Estou montando meu roteiro e queria parabenizar vocês pelo conteúdo, extremamente completo e detalhado, dá pra ver que realmente se esforçaram para ajudar outras pessoas, muito obrigada !♡

    • Oi, Laís!!! Obrigada pelo seu comentário. O tanto de tempo que eu demorei pra responder você já deve ter ido e voltado (risos). Espero que tenha aproveitado esse lugar maravilhoso. Abraços, Bruna

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