Portugal | A vez de Guimarães
Guimarães não coube no mesmo dia e nem no mesmo post de Viana do Castelo e Braga. Apesar de ficar a apenas 25 km de Braga, não conseguimos visitá-la no mesmo dia pois a chuva atrapalhou nossos planos, mas isso não foi problema. Voltamos no dia seguinte e pudemos conhecer tudo com calma.
Aqui nasceu Portugal! Quem passar pelo centro de Guimarães (Largo do Toural) com certeza vai se deparar com essa frase. Demorei pra entender o porque dela, já que a cidade não é de fronteira nem fica na costa, mas descobri que na verdade quem nasceu em Guimarães foi Afonso Henriques (e não Portugal propriamente dito) que depois se tornaria o primeiro rei do independente reino português, após a reconquista contra os mouros.
Aconselho que você se perca nas ruelas do centro. É a melhor maneira de desfrutar a cidade. Se não quiser ficar muito sem rumo há um centro de informações turísticas na Rua Santa Maria, perto da praça S. Tiago. As caminhadas aqui serão como voltar ao passado pois há muitas edificações do século XIV.
Ainda no centro é possível visitar 3 igrejas belíssimas, a igreja de São Francisco, a igreja de Nossa Senhora da Oliveira e a igreja de São Gualter. Essa última está estrategicamente localizada ao final do Largo República do Brasil, o que faz com que os jardins completem sua beleza.
A principal atração da cidade, no entanto, é a área do castelo. Construído no século X, tinha como propósito defender o mosteiro de Santa Maria, fundado pela condessa Mumadona. Nos séculos seguintes o castelo foi sendo remodelado pelos outros reis e acabou perdendo sua função defensiva. Hoje é possível circular pelas muralhas, subir na torre e conhecer um pouco mais da história do local.
A poucos metros do castelo fica a igreja de S. Miguel, onde foi batizado D. Afonso Henriques. A igreja é simples e pequena e abriga a sepultura de nobres guerreiros da época da fundação da nacionalidade portuguesa.
Um pouco mais a frente encontra-se a estrela principal de Guimarães, o Paço dos Duques de Bragança. Viveram aqui D. Afonso (não o Henriques) e sua esposa D. Constança de Noronha em meados do século XV. D. Constança era conhecida como a Duquesa Santa e acredita-se que após a morte do marido tenha aberto as portas do Paço aos mais necessitados e enfermos, transformando-o em um albergue. Se algum dia foi albergue hoje não demonstra nenhum vestígio disso. A arquitetura é espetacular, com pés direitos enormes e o teto todo trabalhado em madeira. Mais uma vez fiquei me perguntando como construíram tudo aquilo no século XV. Além de toda a estrutura, o mobiliário, louças e obras de arte são de deixar qualquer um boquiaberto (ainda mais uma aspirante a arquiteta como eu fui).
Se tudo isso não for suficiente, você ainda pode pegar o teleférico até Penha e apreciar Guimarães do alto.
Como chegar:
Largo do Toural – N101 – coordenadas (41.44174, -8.29529)
Igreja de São Gualter – Largo República do Brasil – (41.44085, -8.28964)
Castelo de Guimarães, Igreja de S. Miguel e Paço dos Duques – R. Conde Dom Henrique – coordenadas (41.44789, -8.29031) – EUR 6,00 (ingresso combinado do Castelo e Paço)
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