Você já pensou alguma vez em visitar o Amapá? Ele é um estado com turismo pouco divulgado mas que tem muitas belezas naturais. Hoje vou te dar dicas do que fazer em Macapá, a capital e também dicas do que fazer no Amapá.
O Amapá tem apenas 16 municípios e a maior parte do seu território é formado por unidades de conservação. Não foi muito fácil achar informações sobre destinos turísticos, então se você tiver outras dicas deoxa aqui nos comentários.
Esse é mais um post da série Viagens Imaginárias, em que eu estou pesquisando opções de lugares para conhecer em todos os estados brasileiros. Como ainda não é totalmente seguro viajar, por causa da pandemia, vem ao menos imaginar e planejar sua próxima viagem comigo.
Macapá é a capital do estado do Amapá e diferente de outras capitais não existem vias terrestres que a liguem a outros estados brasileiros. Quem quer conhecer Macapá pode chegar lá de barco ou de avião.
Essa falta de caminhos terrestres transforma o estado praticamente em uma “ilha”, que nesse caso não é cercada de água e sim de florestas.
Mas isso não é motivo para deixar a cidade de fora das suas viagens por território brasileiro e eu vou te dar 5 dicas do que fazer em Macapá.
Já pensou estar em dois hemisférios ao mesmo tempo? Isso é possível na cidade de Macapá pois por lá passa a Linha do Equador, que divide o mundo em Norte e Sul.
O monumento do Marco Zero é um dos locais mais visitados pelos turistas e muitos deles aproveitam para tirar a típica foto com um pé no Norte e outro no Sul.
Há quem diga que é possível até equilibrar um ovo em pé na pirâmide que está bem na divisa dos hemisférios.
Se você estiver por lá quando ocorre o Equinócio, poderá ver o monumento do Marco Zero projetando sua sombra exatamente sobre a Linha do Equador. O equinócio ocorre nos dias 21 de março e 23 de setembro e nessas datas tanto o Norte quanto o Sul recebem a mesma quantidade de luz solar.
A igreja de São José de Macapá não é tão visitada pelos turistas, mas tem grande importância para a cidade.
Ela é o primeiro monumento construído na cidade de Macapá e foi resultado do empenho de Frei Miguel de Bulhões, que pertencia a Companhia de Jesus, que veio a Amazônia com o objetivo de catequisar os moradores daqui.
Sua construção ocorreu em 1671 e tem traços da arquitetura neoclássica, trazida pelos Jesuítas europeus.
São José é o padroeiro da cidade de Macapá e todo dia 19 de março ocorre uma festa em sua homenagem.
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A Fortaleza de São José de Macapá foi construída no final do século XVIII às margens do rio Amazonas para proteger a conquista dos portugueses no extremo norte do país de invasões estrangeiras.
Mesmo com essa função estratégica de defesa o forte nunca precisou ser usado para esse fim.
A construção desse que é o maior forte construído pelos portugueses no Brasil contou com mão-de-obra indígena e escrava e o prédio tem o formato de uma estrela de quatro pontas, visto de cima.
Apesar de não ter sido utilizada em conflitos armados ela teve importância no desenvolvimento da Vila de Macapá, que acabou se tornando a capital do estado.
O monumento foi tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional em 1950 e em 2018 foi escolhido como uma das 7 Maravilhas Brasileiras, em um concurso realizado em 2008 pela revista Caras em conjunto com o HSBC.
Ele é o ponto turístico queridinho da cidade de Macapá e quem for visitar ainda pode dar uma passadinha no Parque do Forte, que fica ali ao lado.
O Museu Sacaca é um museu científico que alia o conhecimento acadêmico com as tradições dos povos amazônicos.
O nome Sacaca é homenagem a um curandeiro amapaense que chegou a trabalhar no Instituto juntamente com um pesquisador de plantas medicinais. Em 1999 Sacaca faleceu e o museu recebeu seu nome para reforçar a proposta do museu, que é agregar ao conhecimento científico o conhecimento popular.
O museu conta diversas exposições e as mais interessantes são justamente as que representam as tradições e a cultura dos povos que vivem no Amapá.
Você poderá conhecer a Casa do Castanheiro, que são lugares erguidos pelos catadores de castanha durante o período em que eles trabalham na floresta recolhendo os ouriços que ficam espalhados na floresta.
Na Casa da Farinha os visitantes podem ver como é o processo de produção artesanal da Farinha de Mandioca e os instrumentos utilizados para sua produção. O mesmo acontece no Bosque do Açaí, amassado manualmente. Quem prova diz que essa técnica deixa o açaí ainda mais gostoso do que o feito na batedeira.
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Lá também tem a réplica da casa de ribeirinhos e dos índios Wajãpi, construída por eles mesmos com técnicas e materiais trazidos da aldeia.
E não podia faltar no Museu Sacaca um passeio pelo Regatão, uma réplica dos barcos que utilizado pelos comerciantes para levar mercadorias aos povos ribeirinhos.
O Museu ainda tem muitas outras atrações relacionadas a arqueologia, botânica, fitoterapia e outras ciências. É com certeza um lugar muito interessante para conhecer em Macapá.
Após 20 anos fechado o antigo Zoobotânico Municipal reabriu em 2019 com um novo conceito, primando pelo turismo sustentável e pesquisa científica e se transformou do Bioparque da Amazônia.
O Bioparque fica em um ecótono que a transição de um ecossistema para outro. Nessa porção da Floresta Amazônica coexistem 3 ecossistemas, a terra firme, o cerrado e a ressaca sendo este último típico do Amapá.
Quem visitar o Bioparque da Amazônia poderá fazer trilhas, piqueniques, visitar um orquidário e um meliponário – onde se encontram diversas colmeias e observar os animais na parte que restou do antigo zoológico.
Um dos motivos pelo qual o parque ficou fechado era justamente as condições em que os animais viviam no zoológico, o que foi reformulado para abrigar as espécies da melhor forma possível.
E pra quem gosta de aventura ainda existe a opção de tirolesa, arvorismo, parede de escalada, canoagem e camping. Essas atrações são cobradas a parte.
O Amapá pra mim virou uma incógnita. Pelo mapa me parece que ele é banhado pelo mar, mas pelas pesquisas que eu fiz praias de água salgada não são uma realidade por lá.
As informações que eu achei falam de apenas uma praia de água salgada que ficaria em Calçoene. Se tem mesmo praia ou não eu não posso garantir, mas os amapaenses dão um jeito de se refrescar no calor que faz no Norte e aproveitam as praias de água doce mesmo.
Uma dessas praias é o Balneário de Santa Helena. A estrutura do local conta com um restaurante e chalés.
Na água existe um redário pra você deitar e curtir sem se preocupar com o calor. Também é possível fazer um passeio de canoas e ver mais de perto as pequenas ilhas que existem no lago.
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Se é uma lagoa de águas clarinhas que você quer, em Amapá você encontra. A Lagoa Azul não tem esse nome a toa. Sua água em tom azul bem claro é resultado dos minérios que existem na água, principalmente o carbonato de manganês.
O local surgiu após a exploração de minérios na região, mas pode ficar tranquilo que os guias garantem que a água mesmo assim é própria para banho.
A Lagoa Azul fica na cidade de Serra do Navio e além de curtir o visual de fora da Lagoa você também pode praticar o mergulho e observar alguns peixes na lagoa da Mina A12.
A Serra do Navio também é um dos pontos de partida para explorar o Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque.
Se você procurar só por Tumucumaque no Instagram vai dar de cara com um monte de sapos que tem as cores da bandeira do Brasil.
Eu até achei que o parque tivesse esse nome por causa do sapo, mas é bem o contrário o sapo tem esse nome por causa do parque.
O Tumucumaque é o maior parque do Brasil e está situado nos estados do Amapá e do Pará. Ele abrange quase 27 % do território do Amapá e é o maior parque de floresta tropical do mundo.
Com esse tamanho imagina a diversidade de fauna e flora que existe por lá. Suas principais atrações são as trilhas e cachoeiras, além da observação dos animais.
Para visitar o parque é necessária uma autorização por escrito do ICMBIO e as visitas partem de duas cidades: Serra do Navio e Oiapoque.
Não espere muita estrutura. O que tem é bem rústico e em alguns lugares é necessário acampar. Mas se você tem estilo aventureiro e quer conhecer um lugar ainda pouquíssimo explorado o Parque Nacional Montanhas Tumucumaque pode ser uma ótima opção.
Nesse estado que tem mais de 55% do seu território formado por unidades de conservação temos mais um parque nacional pra você conhecer se não estiver preocupado com logística difícil e gostar de lugares quase inexplorados: o Parque Nacional Cabo Orange.
O nome do parque é homenagem de um holandês a seu país, a Holanda, que tem a cor laranja como símbolo.
O principal ecossistema do Cabo Orange são os manguezais, mas ele também é composto por uma área de floresta tropical. Assim como em Tumucumaque é necessária uma autorização para a visita e a contratação de um guia credenciado.
A principal atração do Parque Nacional Cabo Orange é a observação das espécies de animais que vivem por ali. Você poderá encontrar tartarugas-marinhas, peixes-boi e aves como o guará e o flamingo, que chamam a atenção pela sua cor avermelhada.
Você também pode gostar de ler:
+ Cataratas do Iguaçu
+ Roteiro Chapada dos Veadeiros – 7 dias de cachoeiras
Você já ouviu muitas vezes a expressão do Oiapoque ao Chuí né? Eu sempre imaginei que o Oiapoque era o ponto mais ao norte do território brasileiro, mas estava enganada.
Ainda tem uma pontinha de Roraima mais ao Norte que Oiapoque. Na verdade o Oiapoque é o ponto de litoral brasileiro mais ao Norte do país e acredito que a expressão tenha surgido por esse motivo.
A cidade também é conhecido pela frase: Aqui começa o Brasil, que inclusive está registrada em um monumento que é atração de Oiapoque.
Além disso você vai poder tirar um foto na placa de Oiapoque e só fica faltando depois a do Chuí.
Não há mais muito o que fazer por ali que mereça muito destaque mas você pode usar a cidade como ponto de partida para conhecer o Parque Nacional Cabo Orange e também a Guiana Francesa.
E aí, gostou das dicas do que fazer em Macapá e no estado do Amapá? A gente adora conversar sobre viagens, então se você tem alguma história pra contar deixa aqui nos comentários.
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Um abraço e muitas viagens!!
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Endereço: Jardim Marco Zero, Macapá
Horário de Funcionamento: todos os dias
Entrada: gratuita
Equinócio: nos dias 21 de março e 23 de setembro.
Endereço: R. São José, 1720 – Central, Macapá
Horário de Funcionamento: as missas ocorrem de segunda a sexta às 12h.
Endereço: R. Cândido Mendes, 1611 – Central, Macapá
Horário de Funcionamento: de terça a domingo das 08h às 17h.
Mais Informações: pelo telefone (96) 3212-5118 (Geral)
Endereço: Av. Felíciano Coelho, 1509 – Trem, Macapá
Horário de Funcionamento: de terça a domingo, das 09h às 17h
Entrada: gratuita
Mais Informações: no site do Museu
Endereço: 7942, Rod. Juscelino Kubitschek, 7904 – Jardim Equatorial, Macapá
Horário de Funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 17h.
Entrada: R$10,00. Crianças até 5 anos e pessoas com mais de 60 anos não pagam. A entrada é gratuita às terças.
Endereço: BR 156, KM 50 – Macapá
Coordenadas: 0°25’12.8″N 50°57’32.2″W
Horário de Funcionamento: de sexta a domingo em horários a confirmar.
Valor da entrada e Mais Informações: pelo telefone (96) 99160-5006
Endereço: Estrada de Ferro, Serra do Navio
Coordenadas: 0°54’22.5″N 51°59’43.4″W
Mais Informações: com o guia Wirley pelo telefone (96) 988019244
Para saber mais informações sobre como visitar os dois parques é necessário entrar em contato com o ICMBIO através do e-mail icmbioamapacentral@icmbio.gov.br ou telefone (96) 3243-1555
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Veja os comentários
Olá,
Sou sul-africano e vou visitar Amapá em janeiro de 2024 por 12 dias. Como faço para viajar de Macapá para Oiapoque?
Olá, Emile. Não vou conseguir te responder de uma forma muito precisa, pois eu não conheço o estado e nunca fiz esse trajeto. Quando preciso saber como ir de um lugar a outro eu costumo usar esse site: https://www.rome2rio.com/pt/map/Macap%C3%A1/Oiapoque
Ele vai te dar uma visão geral dos transportes disponíveis. Uma outra ideia é perguntar para os locais quando você chegar lá. Diretamente na cidade você consegue opções mais baratas. Um abraço e muitas viagens