Berlim | Checkpoint Charlie, Topografia do Terror e Reichstag
Você pode planejar uma viagem nos mínimos detalhes, mas inevitavelmente algo irá mudar quando você chegar ao seu destino. Mesmo com tanta tecnologia e mapas a realidade pode ser diferente do planejado.
Nosso dia em Berlim deveria começar pelo Europa Center, mas caminhando até a estação de metrô demos de cara com o Checkpoint Charlie no meio do caminho. Já que estávamos ali, começamos por ele e nosso roteiro mudou completamente. O Checkpoint Charlie era um ponto de passagem entre as Alemanhas Ocidental e Oriental durante o período da Guerra Fria. É um símbolo da separação entre o leste e o oeste e se quiser saber um pouco mais dessa história poderá entrar no museu Checkpoint Charlie. Nós não entramos no museu, mas pagamos para ter nossos passaportes carimbados ali. Sendo clichê, ou não, achamos que valia a pena ter os carimbos no passaporte. Pagamos 5 euros e recebemos os carimbos da União Soviética, Inglaterra, França, Alemanha Oriental, Alemanha Ocidental e do Checkpoint Charlie. Esses carimbos nos renderam uma conversa, até que simpática, com uma agente da imigração em Londres. Foi mais um souvenir de viagem.
Logo na outra esquina fica uma exposição chamada Black Box, com várias fotos e fatos sobre a guerra fria. Não chegamos a ver a exposição, mas fomos até o pátio e ali tivemos o primeiro contato com pedaços do muro de Berlim que estão expostos. Na mesma rua ficam duas outras atrações que não nos interessavam muito, a Trabi World, com uma coleção enorme de carros Trabant, produzidos na Alemanha Oriental entre 1957 e 1991 e Berlin Hi-Flyer, um balão que sobe até 150 m de altura mas que custava EUR 19,90. Preferimos guardar nosso dinheiro para coisas mais interessantes.
Andando um pouco mais, chegamos até a Topografia do Terror. Esse museu, ou Erinnerungsorten (memorial), era sede da Gestapo, a Polícia Secreta alemã. Ali, ainda há uma grande extensão do Muro e uma exposição que pode ser visitada gratuitamente. Não pudemos entrar, pois marcamos horário para subir até o domo do Reichstag e fomos diretamente pra lá.
Se você tem interesse em visitar o Parlamento Alemão (Reichstag), terá que marcar um horário com antecedência através deste site. Nós visitamos apenas o domo, mas há outras visitas guiadas e você também poderá conhecer o plenário. Todas as visitas são gratuitas, é necessário apenas agendar. Quando chegamos, tivemos a impressão de ter visto Angela Merkel chegando de carro e entrando por trás do Parlamento, mas achamos que seria impossível que ela estivesse num carro normal, sem milhares de seguranças. Depois, conversando com a Flavia, prima do Diego que mora na Alemanha, ela nos disse que era bem provável que fosse ela mesmo, porque lá tudo é muito mais simples. E a nossa entrada foi simples mesmo. É claro que precisamos passar por um detector de metais e fomos acompanhados por um guia, mas tudo muito rápido e tranquilo. Chegando ao telhado, você recebe um áudio guia e fica livre pra passear pela cúpula no seu tempo. O lugar foi projetado pelo arquiteto Norman Foster e é incrível. Além de apreciar a arquitetura moderna se tem uma vista panorâmica da cidade. Geralmente não gosto muito dessas intervenções modernas em lugares antigos, mas depois dessa viagem acho que estou começando a mudar de ideia.
Dali seguimos para o portão de Brandemburgo, mas isso fica pro próximo post.
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