Parque Histórico de Carambeí – pedacinho da Holanda no Paraná

Ainda estamos vivendo um momento complicado devido a pandemia de coronavírus que não quer nos abandonar. Não é um momento muito propício para viagens e a gente até tá aguentando bem quietinhos no nosso canto, mas no meio de fevereiro, quando os casos ainda não tinham explodido, a gente visitou o Parque Histórico de Carambeí e vamos te contar o que tem pra fazer por lá.

A gente esteve no parque numa sexta-feira e encontramos pouquíssimas pessoas, o que para nós foi ótimo pois assim conseguimos manter o distanciamento numa boa. A desvantagem de visitar o Parque Histórico de Carambeí durante a pandemia foi encontrar muitos lugares fechados.

A história de Carambeí

Pra quem não está familiarizado com esse nome, Carambeí é uma cidade que fica no Paraná. Ela fica a aproximadamente 140 quilômetros de Curitiba e 22 quilômetros de Ponta Grossa, onde fica o Parque Estadual de Vila Velha.

O nome da cidade veio da Fazenda Carambehy, um lugar onde os colonos se fixaram para trabalhar para a Empresa Brazil Railway Company, uma ferrovia que fazia a ligação do Rio Grande do Sul até São Paulo e passava por dentro da Fazenda. Essa empresa optou por escolher estrangeiros para trabalhar e foram os imigrantes holandeses que garantiam a sua vaguinha.

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Eles além de trabalhar para a ferrovia ainda tinha produção de alguns alimentos na fazenda, que eram vendidos para a companhia. Isso deu aos imigrantes um meio de se fixar no país e ainda garantiu o desenvolvimento da região.

Eu não sei vocês, mas quando penso na Holanda – além de pensar em Amsterdam – eu penso em vaquinhas e queijo e os holandeses que chegaram aqui trouxeram essa cultura para o país. Conhece a marca Batavo? Ela surgiu em Carambeí, que ainda hoje tem uma economia baseada na produção de leite e seus derivados.

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Criação do Parque Histórico de Carambeí

Eu tinha que te contar quem foram os imigrantes da cidade pra você poder entender o motivo da criação do Parque Histórico de Carambeí. Ele foi criado em 2011 para comemorar os 100 anos da imigração holandesa na região e coincidentemente, ou não, tem 100 mil m² de área.

Por ser tão grande assim o Parque Histórico de Carambeí é considerado o maior museu histórico a céu aberto do Brasil. Então não esqueça de levar seu protetor solar, boné e um repelente quando for visitar. Os bichinhos adoram sangue novo de turista.

Koffiehuis e a Casa da Memória

Logo na entrada do parque a primeira coisa que chama a atenção é uma grande construção branca. Ela foi feita em 1946 e servia como um estábulo e hoje abriga a Koffiehuis e a Casa da Memória.

A Koffiehuis é o restaurante típico do Parque Histórico de Carambeí. Lá você vai encontrar a gastronomia da Holanda e também alguns pratos da Indonésia, que foi uma das colônias holandesas e teve influência na culinária.

A gente quis logo provar um pouco de cada coisa então escolheu uma porção de Bitterballen (holandesa) – que é uma bolinho de carne desfiada com um temperinho especial – e uma porção de Lumpia (indonésia) que é como um pastelzinho com carne de gado ou de porco e mais uns temperinhos diferentes.

E pra finalizar ainda pedimos Poffertjes, uma sobremesa que eu me apaixonei quando comi lá em Amsterdam. Delicinha!!! É uma massa assada – parecida com panqueca – em formato de bolinhas, coberta com açúcar e canela. Eu adoro! Ahhh!!! Dê uma olhadinha na vitrine de tortas também. São lindas e deliciosas, levamos uns pedaços pra casa e valeu a pena.

Compartilhando espaço com o restaurante fica a Casa da Memória, que é um museu com entrada gratuita. No primeiro piso foi feita uma grande maquete com a representação da Fazenda Carambehy e no piso superior existem réplicas das casas dos colonos. Essa parte superior a gente acabou não conhecendo.

Ainda nesse velho estábulo fica uma Lojinha pra quem quer levar memórias físicas pra casa.

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Setores do Parque Histórico de Carambeí

Depois de dar uma conferida nas delícias da Koffiehuis é hora de enfrentar o sol de Carambeí e conhecer a parte a céu aberto do Parque Histórico de Carambeí.

A primeira atração você vai passar logo na entrada. É uma ponte móvel que foi trazida diretamente da Holanda. Esse tipo de ponte é bastante usada na Holanda nos canais por onde passam barcos. A estrutura da ponte pode ser levantada para o barco passar sem problemas. A ponte do parque é levantada manualmente todo fim de tarde, assim que se encerra o horário de visitação.

E uma curiosidade sobre essa ponte é que ela foi doação de um banco Holandês que com todo certeza viraria piada no Brasil instantaneamente: o Rabobank.

Logo depois de passar a ponte você já se depara com duas charmosas casinhas holandesas, que representam as casas típicas da Era de Ouro da Holanda. A casa de tijolos a vista era mais comum nas cidades e a casa de madeira er vista com mais frequência no litoral.

Essas casas funcionam como um espaço de informações aos turistas e até é possível assistir a um vídeo informativo por lá. Isso em tempos normais, porque durante a pandemia as casas estavam fechadas e só deu mesmo pra espiar pela janela. Os móveis também representam uma casa típica holandesa da Era de Ouro.

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Além dessas casas, antes de chegar à Vila Histórica você encontra uma outra casinha que recebe exposições temporárias. Tivemos a oportunidade de conhecer a coleção de borboletas de um senhor chamado Adolpho Los.

Fiquei encantada com as cores e formatos variados dessas borboletas, apesar de não ter curtido muito os besouros que vieram “de brinde” na exposição. Estou ainda em processo de reaproximação desses bichinhos que até pouco tempo atrás eu tinha pavor.

Vila do Parque Histórico de Carambeí

Uma das principais atrações do Parque Histórico de Carambeí é a Vila Histórica, local que representa o espaço onde os primeiros colonos viviam, lá no começo do século XX.

A visita começa na Estação Ferroviária, que está muito ligada a história e evolução de Carambeí, já que tudo começou coma construção de uma ferrovia. Logo depois você conhece uma típica chácara dos colonos, com tudo que eles precisavam: casa, poço, forno a lenha, estábulo e galpão para guardar as ferramentas.

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Os locais são bem detalhados e é uma pena que as casas estavam fechadas. Acredito que sem pandemia você possa entrar em cada uma delas e ver de perto detalhes da cozinha, quartos e outros cômodos. Em alguns desses espaços foi adicionado som ambiente, o que deixa a experiência mais realista.

A igreja da vila me chamou a atenção. Essa é uma réplica da primeira igreja protestante de Carambeí, construída nos anos 30. A madeira escura e a torre com detalhes em branco contrastaram perfeitamente com o céu azulzinho de Carambeí e o entorno cheio de natureza. Lugar lindo para uma foto!

As atividades econômicas dos colonos também foram representadas ali, como a fábrica de laticínios que produzia leites e queijos através da cooperativa formada em 1925 e a criação de suínos, que era uma atividade secundária. Ali também há uma ferramentaria e marcenaria e a escola, que até 1954 ainda ensinava a língua holandesa.

E se você quer saber um pouco mais da cronologia dessa história e dos laços criados entre o Brasil e Holanda não deixe de visitar a Casa da Cultura Holandesa. Ah!! E não se assuste se ao andar pelos caminhos você escutar alguns barulhos no mato. São apenas os lagartinhos que provavelmente se assustaram com o seu barulho e saíram do banho de sol pra se esconder de você.

Museu do Trator

O Parque Histórico de Carambeí em parceria com as empresas Valtra e Massey Ferguson montou o Museu do Trator. Esse museu fica dividido em dois grandes galpões logo atrás da Vila Histórica.

Dentro deles você vai encontrar diversos tratores e máquinas agrícolas que mostram como foi a evolução do trabalho agrícola durante os anos. Mais uma vez demos de cara na porta, ou dessa vez no portão. O Museu também estava fechada mas era possível ter uma visão panorâmica por cima do portão.

Pavilhão Frísia

O pavilhão Frísia é uma parte do parque que não fica sempre aberta. Ele é mais utilizado em eventos que acontecem ao longo do ano, como a Feira Medieval e a Festa dos Imigrantes e outras datas comemorativas que todo mundo conhece: Carnaval, Páscoa, Festa junina e Natal.

Parque das Águas

A gente terminou a visita conhecendo o Parque das Águas, inspirado em um parque ambiental holandês cujo nome é praticamente impronunciável por nós, meros brasileiros: Zaanse Schans.

Esse parque holandês, e sua réplica paranaense, tentam conscientizar as pessoas sobre a importância da utilização das energias renováveis. Aqui é possível ver como o controle das águas pode se transformar em energia limpa e sustentável.

Ali também fica um anfiteatro, um moinho e diversas casinhas coloridas que abrigam exposições temporárias. Uma das exposições era sobre a utilização de materiais recicláveis para a construção de móveis e também reutilização da água.

Dicas Finais

Se for visitar o Parque Histórico de Carambeí nos meses mais quentes não deixe de levar protetor solar e talvez um boné. Você vai andar bastante em lugares que não tem muita sombra e a cidade costuma ter dias lindos de sol.

Leve também um repelente porque apesar da natureza ser linda alguns bichinhos desagradáveis insistem em sugar o nosso sangue. Seja esperto!!

Como Carambeí fica a poucos quilômetros de Ponta Grossa uma boa opção é visitar também o Parque Estadual de Vila Velha, que tem formações rochosas muito intrigantes. E se você tiver um pouco mais de tempo e disposição pode também conhecer o Canyon do Guartelá, um dos maiores Cânions do Mundo que fica entre as cidades de Castro e Tibagi.

E aí, já conhece o Parque Histórico de Carambeí ou tem vontade de conhecer? Conta pra mim o que você achou do lugar.

Compartilha também esse post com aquele seu amigo que quer algumas dicas do que fazer no Paraná e salva no Pinterest pra ver depois.

Um abraço e muitas viagens!!!

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Informações Práticas – Parque Histórico de Carambeí

Endereço: Av. dos Pioneiros, 4050 – Carambeí PR
Horário de Funcionamento: de Terça a Domingo, das 10h às 17h
Ingresso: R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia) – crianças até 6a nos não pagam.
Mais informações: no site do Parque

Bru Odppes

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