Europa

Île de la Cité e arredores

Nunca gostei muito de história no colégio, mas depois de ir pra Europa e principalmente para Paris me arrependo de não ter prestado atenção nas aulas sobre a Revolução Francesa. A cada passo que você dá em Paris tropeça em algum acontecimento que marcou não só a França mas o mundo todo. Daí tem que ficar caçando nos guias e google o que aconteceu pra se sentir um pouco mais interada das coisas. Ficamos 6 dias em Paris e mesmo assim era só correria. Depois de passear por Montmartre (veja aqui) nós fomos para a Ilê de la Cité. Primeiro fomos conhecer a Conciergerie. O local que foi construído para ser um Palácio se transformou em prisão em 1392 e era considerado como a antessala da morte na época da Revolução Francesa.

Maria Antonieta, da qual já falamos nesse post, foi uma das prisioneiras e saiu dali direto para a guilhotina. É possível entrar no cômodo onde ela ficou presa. Nos corredores eles reproduziram algumas das selas, inclusive com os prisioneiros. É um local interessante de ser visitado por toda a história envolvida e também pelo prédio que tem uma arquitetura incrível.

Incrível essa entrada da Conciergerie
Cela da Maria Antonieta

Ao lado da Conciergerie fica a Saint Chapelle que posso dizer é um dos lugares mais impressionantes que já vi. Ao entrarmos na capela baixa, com muitas decorações nas colunas e alguns vitrais, eu pensei que “aquilo” fosse a Saint Chapelle, mas ao subir alguns degraus de escada descobri que estava muito enganada. A chamada capela alta é de ficar de boca aberta. Foi construída em estilo gótico e suas altas janelas são totalmente decoradas por vitrais. É impossível prestar a atenção em todos os detalhes. Os vitrais chegam a mais de 15 metros de altura e representam 1113 cenas bíblicas. Além disso há entalhes na madeira das portas e pinturas representando o martírio dos santos.

Olha eu achando que essa era a Saint Chapelle. Bobinha!
Mas bem que poderia ser né. Olha os detalhes.
Ah!! Essa sim é a verdadeira Saint Chapelle. E me deixou de boca aberta.


Depois de tanta beleza da antiguidade fomos “desbaratinar” no Centre Georges Pompidou. Eita museu doidão! Do lado de fora parece uma fábrica, seu estilo totalmente moderno deixa a mostra as tubulações. As de água são azuis, as de ar são verde, as de eletricidade amarelas e as vermelhas são circulação e anti fogo. Lá dentro o espaço fica livre para o que importa, as obras de arte moderna e contemporânea. Algumas delas são ótimas como as do pintor Miró, que eu particularmente adoro. Outras são uma incógnita, como a tela branca e a “mesa de ping pong” que estavam expostas. Mas o importante é a diversão e a gente achou legal brincar de decifrar o que o artista quis transmitir com aquilo.

Modernão né?
Me desculpe o pintor mas… é pra jogar ping pong?
E esse? Alguém me explica?

Saindo do moderno voltamos para o antigo, mais precisamente para o marco zero de Paris. Sabe onde fica? É a Catedral de Notre Dame. Outro lugar espetacular! Nós começamos pela visita às torres. A subida é difícil porque são trocentos degraus em caracol, mas chegando lá em cima você verá de pertinho as temidas gárgulas. O mais legal é entrar na torre e ficar cara a cara com o sino da igreja que deve ter uns 2 metros de altura. Impossível não lembrar do corcunda de Notre Dame nessa hora. Se subir é difícil, descer com certeza é mais fácil mas não menos desconfortável. Se você desce rápido, dá tontura. Se desce devagar, a pessoa de trás reclama. Mas vale o sacrifício. O interior da Catedral também é surpreendente. Tem muita coisa pra ver e descobrir. Muitas esculturas, muitos vitrais e se quiser você pode pagar a parte e visitar uma sala com exposições sobre os papas. É maravilhosa, fico até sem palavras. E para aqueles que são católicos ou apenas curiosos existe a oportunidade de ver a relíquia mais importante do cristianismo, a coroa de espinhos. Essa relíquia é apresentada aos fiéis toda primeira sexta-feira do mês durante a missa das 15h e na sexta-feira santa das 10h às 17h.

A imponente Notre Dame, em Île de la Cité
As assustadoras gárgulas

Bru Odppes

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