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Paris | O Louvre é muito mais que a Monalisa

Confesse que quando você pensa no museu do Louvre o que primeiro te vem a cabeça é a Monalisa. Inevitável! O quadro de Leonardo da Vinci é um dos mais famosos do mundo e repousa tranquilo no Louvre durante muito tempo. Mas o museu é muito mais que isso. Um dia de visitas não é suficiente para conhecer toda a sua grandeza. Pra não bater cabeça e tempo lá dentro é interessante que você faça um roteiro prévio com aquelas obras que não pode deixar de ver. Mas se você tiver tempo sobrando deixe-se perder pelos corredores do museu.
Nós escolhemos uma quarta feira pra ir até lá pois é quando fica aberto até às 22h e o passeio pode ser feito mais tranquilamente. Mesmo de fora o Louvre já é um espetáculo. O prédio que o abriga já serviu de fortaleza, sede do governo francês e também academia de belas artes. Em 1988 foi instalada a primeira pirâmide, obra do arquiteto I. M. Pei, contrapondo o moderno e o antigo, simplesmente fantástico. Mesmo com toda essa beleza não queira entrar pela pirâmide (você poderá sair por ali) escolha uma das outras várias entradas e enfrentará menos fila. Já no saguão você verá a pirâmide invertida e se assistiu o filme O Código da Vinci ficará se perguntando se Maria Madalena está realmente lá embaixo. 
Como eu fiz um roteiro básico das coisas que queria ver começamos a jornada em busca do Código de Hamurábi (aquele do olho por olho dente por dente). E não é que ele está lá mesmo? Uma enorme pedra preta toda entalhada e ao alcance das mãos. Achei muito legal ver uma peça tão importante da história diante dos meus olhos. O código está na ala das esculturas que são igualmente impressionantes pela quantidade e principalmente qualidade de detalhes.

Apresento-lhes o Código de Hamurabi

E as esculturas estavam em alta na minha lista. Duas das “Top 3” obras que eu queria ver eram esculturas. Na verdade são duas das 3 musas do Louvre. A primeira delas é a Vênus de Milo. Essa escultura sem braços foi descoberta em 1830 e acredita-se ser a deusa Afrodite. Alguns estudiosos afirmam ter sido criada por volta do ano 100 a.c. e acho que todo esse mistério faz com que ela fique ainda mais famosa.

Vênus de Milo dando uma de João sem braço. (Ok, piadinha terrível)

A segunda é a Vitória de Samotrácia, a minha preferida. Você pode me perguntar o que eu acho de tão interessante em uma escultura sem cabeça? Ótima pergunta! As asas? O movimento do tecido? O destaque que ela ganhou ao final da escadaria? Não sei. Mas é fato que acho ela maravilhosa e que me arrependi de não ter comprado uma réplica na lojinha de souvenir.

Linda e esvoaçante Vitória de Samotrácia

E a terceira musa quem adivinha? Claro que é a Dona Monalisa. Ela é tão preciosa que foi a única tela que vi protegida por um vidro com uns 15cm de espessura. Também é a única tela que aglomera milhares de pessoas ao seu redor tentando chegar perto para uma foto. Posso dizer que me decepcionei com seu tamanho. É pequena como dizem, ainda mais comparada ao quadro gigantesco que fica na parede a sua frente. Mas tive que dar um crédito a moça, afinal muitos dos que vem ao Louvre querem uma selfie com ela.

Olha como é fácil chegar perto da Monalisa.
#sóquenão Olha a multidão que lota a sala todos os dias.

Depois dali andamos, andamos e andamos e ficamos surpresos com tanta coisa linda. Passamos pelos apartamentos de Napoleão III e mais uma vez a decoração matou a pau. Tem uma sala de banquete que é maravilhosa.

Olha o apê do Napoleão III !!!!!
O coitadinho não tinha problema de espaço, pequena sala de banquetes.

Subimos, descemos, nos perdemos, nos achamos, passamos pela Psique sendo reanimada pelo beijo do cupido, pelos escravos de Michelângelo, pela Vênus de novo, pela Vitória, procuramos São João Batista de Da Vinci e não encontramos pois ele estava numa exposição especial, vimos a Madona das Rochas e depois de tudo isso fizemos mais uma visitinha para a Monalisa e…

… continuava cheio. Dessa vez fui me enfiando no meio da multidão e consegui chegar pertinho.

Psique sendo reanimada por cupido, ou Eros, que dá na mesma.

Mas não desanime se não conseguir muito espaço para apreciar a Monalisa pois há muitos outros quadros que merecem uma olhada ali por perto. Um deles é  A virgem e o menino em majestade, que a Marion apelidou de Nossa Senhora de todos os dedos pois todos os dedos de sua mão tem o mesmo tamanho. Outro é O combate de Davi e Golias. O artista, Daniele da Volterra, retratou em uma tela a frente do combate e na outra o verso. As telas ficam de costas uma pra outra e achei o trabalho do “cara” excepcional.

Nossa senhora de todos os dedos. Mas a tela também é conhecida como A virgem e o menino em majestade.
O combate de Davi e Golias. Quanto tempo demorou pra pintar isso????

A essa altura do campeonato já estávamos a umas 4 horas ou mais lá dentro e nossas pernas não aguentavam mais o tranco. Tivemos que nos despedir do Louvre sem ter conhecido melhor muitas de suas alas, como a de obras egípcias por exemplo. Saímos pela pirâmide principal e pudemos apreciar a beleza do museu iluminado durante a noite. Foi realmente um prazer conhecê-lo Sr. Louvre.

Pelo menos uma esfinge nós já conhecemos.
Au revoir Louvre

 

Bru Odppes

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