Foz do Iguaçu | Parque das Aves e Marco das três fronteiras
Chuva e a correria pra conseguir ver as Cataratas do lado brasileiro e do lado argentino fizeram com que o Parque das Aves e o Marco das Três Fronteiras ficassem de fora dos passeios da nossa última viagem a Foz do Iguaçu. Isso foi resolvido agora em janeiro quando fomos passar um calorão em Foz e dar umas voltinhas no Paraguai.
O Parque das Aves fica bem próximo das Cataratas e aconselho que você chegue cedo (no verão pelo menos) pois apesar da sombra das árvores o calor lá é demais. O parque abre das 08h30 às 17h e o valor dos ingressos pode ser consultado aqui. Antes de chegar ao parque, nós não sabíamos nada sobre sua história, então faça a lição de casa e leia aqui pra chegar lá sabendo tudo. O parque é particular, seus fundadores foram Dennis e Anna Croukamp. Dennis era namibiano e Anna alemã e os dois se encontraram no Zimbábue e se casaram. Um dos amigos do casal os convidou para abrir um parque de crocodilos em Foz do Iguaçu (não tenho a mínima ideia do motivo da proposta, mas é isso que a história diz). O casal recusou, mas sugeriu que ao invés de crocodilos o parque tivesse aves. O interesse pelas aves começou depois de terem ganho um papagaio do congo. Com o projeto na cabeça e um livro “Como aprender português em meses” eles vieram ao Brasil. Depois de terem todas as licenças, compraram uma área de 16 hectares e começaram a construção de um sonho. Apenas 11 meses depois inauguravam o Parque das Aves, em 07 de outubro de 1994. Infelizmente o fundador Dennis faleceu apenas 2 anos depois do parque ter inaugurado, em julho de 1996. Sua esposa Anna, que é veterinária, permaneceu no comando do parque onde está até hoje.
O mais legal de tudo isso é que o local não é um simples viveiro para aves, ele é um centro de recuperação e reprodução animal. 50% das Aves foram resgatadas de maus tratos e do tráfico e outras 43% nasceram no parque. Além disso, nem todas as aves são mantidas no parque depois de tratadas, se elas estiverem em boas condições voltam pra natureza, o que é muito legal. Além de tudo isso a visita é especial, você fica cara a cara com os bichos, correndo um sério risco de levar bomba na cabeça. Ao total são 30 viveiros, e em 4 deles você tem a chance de ver as aves sem grades de proteção.Na minha opinião, o viveiro das araras é o mais interessante. Além de escandalosas elas tem vocação pra dar show. Deve haver no mínimo 50 aves dentro do viveiro, voando de um lado pro outro e pousando pra diversas fotos. E por falar em foto, você ainda pode tirar uma foto com uma arara no seu braço, é só procurar o ponto onde ficam as araras mansas (é só observar, onde tiver uma fila enorme é lá). Você ainda vai ver corujas, urubus, harpias, grous, mas como não sou especialista em aves deixo pra você o trabalho de ler as placas quando estiver por lá pra saber um pouco mais sobre as espécies. Parque recomendado!! Muito bom.
Saindo do Parque das Aves a gente já queria visitar o Marco das Três Fronteiras, mas no google aparecia que estava fechado e só abriria às 16h. Achamos meio estranho, mas melhor não contrariar o óraculo Google que sabe de tudo. Voltamos a tarde e claro que descobrimos que o Google estava certo. Na verdade o Marco das Três Fronteiras foi reaberto a pouco tempo, agora em 21 de dezembro de 2016. O local passou por uma reestruturação total e o que antes era apenas um obelisco com vista para os rios hoje se tornou atração turística, infelizmente paga. Se quiser consultar horários e valores pode entrar nesse site aqui. Não posso negar que o lugar ficou bonito, a vila cenográfica reproduz o período das missões Jesuíticas nos séculos 16 e 17. No Memorial Cabeza de Vaca você assistirá um breve relato sobre as expedições desse explorador espanhol que foi o primeiro homem branco a descobrir as Cataratas do Iguaçu, e o melhor, no ar-condicionado. Além disso, há o obelisco, que é marca das três fronteiras. Cada país tem o seu, pintado com as cores da bandeira. Sinceramente, às 16h debaixo de um sol escaldante não achei muita graça na visita, fiquei meio decepcionada. Na verdade acho que escolhemos a hora errada pra visitar. O legal do lugar é assistir o pôr-do-sol e depois ver o obelisco e a vila cenográfica iluminados. Também dá pra fazer um happy hour no restaurante Cabeza de Vaca. Então, se estiver pensando em conhecer o Marco das Três Fronteiras vai por mim, escolha o horário do pôr-do-sol e depois vem aqui contar pra gente o que achou.
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