Cultura Indiana e o livro Shantaram de Gregory Robert Davids

Um dos meus sonhos desde a adolescência é conhecer a Índia. Existe algo nesse país que me fascina e eu desconfio que seja a mistura de cores e monumentos de cair o queixo. A cultura indiana sempre aguçou a minha curiosidade e por isso eu tratei logo de comprar o livro Shantaram, do escritor Gregory David Roberts, assim que soube que ele existia.

Enquanto eu ainda preparo o meu psicológico, e também o meu bolso, pra conhecer esse país de costumes tão diferentes dos nossos eu gosto de me cercar de livros, filmes e tudo o mais que possam me dar um gostinho do que eu verei ao vivo, um dia.

Shantaram e a cultura indiana pelos olhos de Gregory David Roberts

Shantaram não foi o primeiro livro que eu li que retrata a vida de um estrangeiro na Índia, mas com certeza foi o que mais me marcou. O livro é uma mistura de fatos reais com ficção e as histórias se fundem de tal maneira que você não consegue distinguir o que realmente aconteceu.

Gregory David Roberts, autor do livro, é o personagem principal e narrador da história que se passa na década de 80. Gregory é um australiano que se envolveu com heroína por isso perdeu sua família e também a sua liberdade.

Ele foi para uma prisão de segurança máxima por praticar assaltos para sustentar seu vício e por mais absurdo que possa parecer fugiu da cadeia pulando o muro da frente. Calma que isso não é spoiler e o autor conta a façanha já no começo do livro.

Mesmo sendo um dos homens mais procurados da Austrália ele consegue fugir do país e depois de vagar por alguns lugares chega a Bombaim, que atualmente se chama Mumbai.

É aí que a história de Shantaram começa a se desenrolar e a gente tem a oportunidade de conhecer um pouco da cultura indiana através dos olhos de Lin, apelido de Lindsay, o nome que Gregory usou no passaporte falso para chegar até a Índia.

Amizades pelo caminho

A primeira pessoa que Lin conhece na Índia torna-se um dos personagens que mais me cativou no livro, Prabaker ou simplesmente Prabu. Esse guia indiano que chega para “ajudar” Lin nos seus primeiros momentos em Mumbai acaba se tornando um grande amigo.

E a amizade é um tema recorrente nesse livro, mesmo sendo difícil imaginar que um fugitivo australiano possa se abrir com as pessoas a ponto de estabelecer laços de amizade.

E outro laço improvável é o que ele constrói com o chefe da máfia de Bombaim, que rende muitas conversas filosóficas que me fizeram parar para pensar.

É uma reviravolta atrás da outra

O livro não dá um sossego pro leitor porque tem mudança de situação a todo momento, o que te faz querer ler só mais aquela página e quando você vê já se passaram horas.

Lin passa uma temporada na vila de Prabaker, é assaltado, vai morar em uma favela, acaba sendo o responsável por um posto médico por lá, se apaixona por uma misteriosa expatriada, vai preso, entra pra máfia de Bombaim e vai até pra guerra.

Mesmo te contando tudo isso pode ficar tranquilo que ainda tem muita coisa em Shantaram que pode te surpreender.

A cultura indiana

Apesar das histórias do livro Shantaram terem acontecido na década de 80 acredito que muito do cotidiano do povo indiano não tenha mudado. O que eu gostei nele foi poder conhecer um pouco mais da Índia em passagens que talvez não sejam tão relevantes pra alguém que não tenha tanto interesse na cultura indiana.

Gostei de como Lin descreve a forma de viver de seus amigos indianos, as comidas que ele acaba conhecendo, o fenômeno das Monções que acontecem anualmente e também a religiosidade do povo.

Ganesha é um dos mais conhecidos deuses do hinduísmo. Foto: Unsplash

Se você não sabe nada sobre isso vai sair da leitura conhecendo pelo menos Ganesha, o Deus elefante removedor de obstáculos e Lakshmi, a Deusa da Prosperidade.

Temos que lembrar que Shantaram não é um livro histórico e mistura elementos de ficção, mas como certeza vai te instigar a curiosidade sobre esse país oriental com tradições ainda tão vivas.

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Mais da cultura indiana para ler e assistir

Uma coisa que eu esqueci de comentar é que o livro Shantaram é um calhamaço de mais de 900 páginas, o que pode assustar alguns leitores.

Se esse for o seu caso eu trouxe aqui algumas outras opções que podem suprir a sua vontade de conhecer um pouco mais sobre a Índia.

Os Indianos, de Florência Costa

Se a leitura é a sua vibe talvez você se interesse pelo livro Os Indianos, de Florência Costa. Ao contrário do Shantaram esse sim é um livro de fatos. Ele foi escrito por uma jornalista que morou, ou ainda mora, na Índia sendo correspondente internacional.

Com uma pegada bem mais jornalística ele te conta um pouco de como funciona o país passando pelo sistema de castas, religião, política e até comida. É chocante perceber a diferença de cultura.

Vocês sabiam que existe um refrigerante feita de urina de vaca destilada? Essa iguaria foi apelidada de Cow-ka cola e só podia mesmo vir da Índia.

Coisas que nunca comi ou evitava comer

Pra quem não tá a fim de ler a dica é uma série feita para o canal de culinária Tastemade. A série que se chama Coisas que nunca comi ou evitava comer é obviamente sobre comidas, mas ela também mostra um pouco da cultura indiana.

Série do canal Tastemade sobre culinária e um pouco da cultura indiana

A série foi filmada em 2018 e trás muitos momentos engraçados, seja do apresentador experimentando currys super apimentados, fazendo pela primeira vez uma aula de yoga ou recebendo uma massagem ayurvédica.

Vem comigo para Índia

Para filmar a série que eu acabei de mencionar o pessoal contratou os serviços de guia do Vem comigo para Índia. Pelo que eu entendi a Larissa e o Roberto moram no país e fazem grupos de viagens para brasileiros.

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Se você não tem coragem de se aventurar sozinho essa é uma opção a se considerar. Segue lá o Instagram deles (@vemcomigoparaindia) que além dos pacotes de viagem eles tem fotos lindíssima e também alguns vídeos sobre a cultura indiana.

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O exótico Hotel Marigold

Nossa última dica pra você se inspirar com histórias da Índia é o filme O exótico Hotel Marigold. Depois de ver imagens de um hotel na internet um grupo de idosos decide fazer as malas e partir para a Índia, para desfrutar dias tranquilos e luxuosos.

Pega a pipoca e aproveita.

O que eles não sabiam é o que você que é um viajante sempre atento deve saber: não acredite apenas nas fotos. O maravilhoso hotel indiano na verdade está praticamente em ruínas.

No decorrer do filme há muita gente rabugenta mas também boas pitadas de humor e algumas imagens desse país tão fora do comum. Não é um filme muito elaborado, mas vale os minutos gastos com ele.

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E aí, gostou dessas dicas pra mergulhar um pouquinho na cultura indiana? Se você tiver alguma outra indicação deixa aqui nos comentários que eu vou adorar saber.

E se você conhece alguém que pode gostar desse conteúdo já compartilha. A gente adora essas demonstrações de carinho!!

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Bru Odppes

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