Uma visita às cidades italianas não é completa sem uma espiadinha na catedral e a Catedral de Florença merece muito mais que isso. Por ser uma das principais atrações da cidade ela com certeza se destaca do entorno e eu confesso que a fama faz jus ao que se vê por lá.
Nesse post eu vou te contar como é a visita ao conjunto monumental da Catedral de Florença e também te dar outras opções do que conhecer na cidade.
Deixarei os famosos museus e o Palazzo Vecchio para um outro post porque esse aqui já vai ficou bem extenso, mas não me abandona que tem muita coisa legal pra fazer em Florença.
Estava eu andando pelas estreitas ruas de Florença quando me deparo com uma multidão de pessoas e quando olho para meu lado direito dou de cara com um enorme paredão de mármore toscano em verde, branco e rosa.
Eu não estava preparada para ver a Catedral de Florença – Santa Maria del Fiore – naquele dia e minha reação foi de espanto. Fiquei completamente embasbacada com a grandiosidade e imponência daquela estrutura.
Eu já devo ter falado isso umas quinhentas vezes por aqui mas eu realmente fico muito curiosa para saber como eles conseguiam construir edifícios tão maravilhosos assim com tão poucos recursos disponíveis.
O conjunto arquitetônico da Catedral de Florença é formado por ela, pelo Campanário, pelo Batistério, pelo Museu Opera de Duomo e pelas ruínas da Igreja de Santa Reparata. Apenas a entrada na Catedral é gratuita e as informações sobre o valor dos ingressos estão no final desse post.
A Catedral de Florença é chamada de Santa Maria del Fiore (Santa Maria das Flores). O nome é uma alusão ao símbolo de Florença, a Flor-de-Lis. Antigamente, naquele mesmo lugar havia uma antiga igreja dedicada a Santa Reparata, que foi encoberta pela monumental estrutura que se vê hoje.
A catedral começou a ser construída em 1296 por Arnolfo de Cambio e sua construção só terminou em 1421. Após a morte de Arnolfo, que conseguiu chegar até a metade da fachada, vários outros arquitetos se revezaram à frente das obras, entre eles o famoso Giotto.
Giotto não teve muito tempo de conduzir as obras pois ele morreu 3 anos depois de iniciar o trabalho. Foi ele o responsável pelo início da construção do Campanário.
A fachada da Catedral de Florença é repleta de detalhes e toda coberta em mármore colorido. Você pode passar dias olhando para cada pedacinho e acredito que ainda assim deixará passar despercebido alguma escultura ou desenho.
O interior mais simples da catedral contrasta com o seu exterior todo detalhado. Pra mim o lado de fora vale bem mais a pena que seu interior, mas não posso esquecer de belas pinturas que existem por lá e também do piso colorido de mármore, todo desenhado.
Se a catedral já é impressionante a sua cúpula é praticamente de outro mundo. Essa obra projetada e executada por Brunelleschi ainda é a maior cúpula autoportante do mundo. Isso significa que ele se mantém “em pé” sozinha, sem precisar de outras estruturas para se sustentar.
A cúpula da catedral de Florença foi um trabalho precioso de engenharia, que não contava com andaimes ou outras estruturas de sustentação. Para que tudo isso ficasse em pé Brunelleschi projetou duas cúpulas.
A interna tem 45,5 metros de diâmetro e foi construída com tijolos arranjados em formato de espinha de peixe. A largura dessas paredes chega a ter 2 metros.
A cúpula externa deveria ter o formato octogonal, porque a estrutura do altar da igreja espelhava o formato do batistério. A parte externa tem 54 metros de diâmetro e se mantém firme no lugar desde 1436, quando a construção foi terminada.
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Subir até a cúpula de Brunelleschi é uma tarefa que exige disposição. São 463 degraus até o topo e quando você chega na cúpula as paredes vão afunilando e os degraus ficando cada vez menores.
A experiência vale a pena não só para ver de perto essa obra gigantesca mas também para apreciar as pinturas da parte interna, feitas por Zuccari e Vasari. Eles retrataram o Juízo Final e sua noção de perspectiva é genial. Na parte superior do domo parece realmente que as pessoas estão sentadas lá.
Na sua descida preste atenção também aos equipamentos que estão expostos em um pequeno museu. São as engenhocas projetadas por Brunelleschi para auxiliar na construção da cúpula.
Não contentes em subir 463 degraus até o domo a gente também subiu mais 414 degraus até o topo do campanário. A vista lá de cima é bem parecida, a única diferença é que a cúpula parece ainda maior.
No terceiro lance de escadas você poderá ver o enorme sino criado em 1401. e que pesa 1268 quilos. As marcas do tempo e dos turistas sem noção que pichavam a peça foram apagadas após a restauração.
Se você não tiver coragem de enfrentar tantos degraus não deixe de apreciar a torre do sino do lado de fora. Seus diversos andares abrigam diversas esculturas e algumas janelas em estilo gótico.
O batistério de San Giovanni é um dos prédios mais antigos da cidade de Florença. Parte de sua estrutura remete ao período romano e provavelmente servia como um templo pagão. Um ilustre florentino recebeu seu batismo nesse local, o grande escritor Dante Allighieri.
O batistério tem uma planta octogonal, que foi replicada no altar e na cúpula da Catedral de Santa Maria del Fiore. O teto é todo coberto com mosaico em peças coloridas e douradas. As figuras representam também o juízo final.
As portas do batistério também são lindamente decoradas, com destaque para a porta que fica de frente para a catedral. Ela foi feita por Ghiberti e apelidada por Michelangelo de Portões do Paraíso. Os dez painéis esculpidos em bronze representam temas bíblicos.
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O Museu Opera de Duomo é indicado para aqueles que realmente gostam bastante de arte. Ele tem diversas peças originais que foram retiradas da catedral, do batistério e do campanário e conservada da exposição ao tempo.
Lá você vai encontrar a peça original dos Portões do Paraíso e algumas estátuas feitas por Michelangelo, que antes estavam no Campanário. Existem muitas peças do Renascimento mas além dessas que eu comentei nenhuma é tãoooo famosa. Se você não é um entusiasta pode pular essa parte.
Não existiam essas opções quando estivemos em Florença, mas agora você pode subir até o terraço da catedral e também visitar a cripta com as ruínas da igreja de Santa Reparata, a primeira igreja que existia ali.
A gente também não visitou a Santa Croce quando estivemos em Florença, mas vale a pena deixar a dica aqui. Essa é a maior igreja franciscana do mundo e há boatos de que ela teria sido fundada pelo próprio São Francisco de Assis.
Santa Croce, ou Santa Cruz, tem fachada de mármore como a maioria das igrejas da Itália. No seu interior estão os túmulos de ilustres italianos, dentre eles Maquiavel, Michelangelo e Galileo Galilei.
No post Roteiro de um dia em Pisa você encontra a casa onde nasceu Galileo Galilei.
A última igreja que eu vou indicar aqui é Santa Maria Novella. Ela fica bem próxima a estação ferroviária de Florença e foi fundada pelos frades dominicanos no século XII.
Ali antigamente funcionava outra igreja, por isso o seu nome é Novella (Nova). Ela foi a primeira grande basílica de Florença e o seu interior tem estilo gótico. A gente não teve a oportunidade de entrara, mas a praça na frente da igreja é muito bonita e um bom lugar pra recuperar o fôlego e seguir nas andanças.
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Santa Maria Novella pode ser considerada a farmácia mais antiga do mundo. Ela também foi fundada por frade dominicanos que em 1381 começaram a vender água de rosas como desinfetante, o que foi muito útil já que a Europa tinha acabado de passar pela Peste.
Os frades faziam bálsamos, unguentos, elixires e perfumes com flores e ervas que plantavam no jardim do mosteiro.
O prédio onde hoje se localiza a farmácia é de 1612 e ainda funciona diariamente. Lá dentro você poderá ver as diversas salas decoradas com móveis e frascos antigos, comprar os produtos, visitar uma antiga capela dedicada a São Nicolau e conhecer um museu com os instrumentos utilizados para a produção dos remédios e perfumes.
Foi essa farmácia que produziu o perfume utilizado por Catarina de Médici para o seu casamento com o rei da França Henrique II. O perfume chamava-se água da rainha e ainda é vendido por lá. Catarina levou o gosto por perfumes para a França e talvez tenha influenciado a cultura perfumista por lá.
Andando pelas ruas de Florença provavelmente você cairá na Piazza della Repubblica. Essa é uma praça da época do Império Romano e que sofreu algumas transformações até chegar no que é hoje.
Ela é uma praça retangular com um grande arco do Triunfo. Ao seu redor estão hotéis a alguns do mais antigos cafés de Florença, além do atual Hard Rock Café.
Ali também fica a coluna da abundância, que marca o centro exato da cidade de Florença. A praça está sempre repleta de artistas de rua e vendedores ambulantes e lá você vai encontrar também um carrossel. Figurinha carimbada das cidades italianas.
O Mercato del Porcelino, ou Mercado Novo, é uma estrutura que recebe diversos vendedores ambulantes e onde você provavelmente vá encontrar um souvenir, se estiver procurando.
Ali fica um javali feito em bronze que é acariciado no focinho pelos turistas para que um dia voltem a Florença. Outra superstição é colocar uma moeda na boca do javali e fazer um pedido. Se ela cair exatamente no ralo que fica abaixo dele seu pedido será realizado.
Eu geralmente não indico lugares para comer aqui porque não é algo que a gente se importe nas viagens, mas quando a gente encontra algo delicioso vale a dica.
A Antica Porchetteria é uma portinha que fica na esquina do Mercato del Porcelino. Ela está aberta desde 1916 e sua especialidade são os sanduíches de porco.
Eles cortam a carne assada na hora e recheiam o pão ciabata, que é gostoso mas machuca o céu da boca. Experimente!!
Essa dica veio do nosso anfitrião do airbnb e não vai valer pra todo mundo porque fica fora do centro. A Gelateria de Medici é uma sorveteria familiar que fica próxima a Fortezza da Basso. Se estiver passando por lá experimente.
Nós indicamos o sorvete de Amarena, que virou um vício, mesmo pra mim que não sou muito fã de sorvete. Caso você esteja familiarizado com o tram pode descer na estação Statuto, a Gelateria fica bem em frente.
A Ponte Vecchio merece seu nome de ponte velha pois é umas das mais antigas da cidade, construída em 1345, e a única que resistiu aos bombardeios da Segunda Guerra Mundial.
Eu tenho uma opinião polêmica sobre a ponte, não acho bonita. Pra mim ela parece até um puxadinho, mas reconheço sua história e adoraria fazer umas comprinhas por lá.
Antigamente a ponte abrigava ferreiros, açougueiros e curtidores que jogavam seu lixo no rio Arno e com isso desagravam muito a vizinhança, tanto pelo cheiro quanto pelo barulho que os ferreiros faziam enquanto trabalhavam.
Foi só em 1593 que o problema se resolveu. O Duque Ferdinando I expulsou dali os antigos trabalhadores e instituiu que a partir daquele momento a ponte só poderia abrigar joalheiros e ourives.
Isso dura até hoje e a Ponte Vecchio tem uma seleção das melhores joalherias do mundo.
A última dica desse post é conhecer a Piazzale Michelangelo. Ele pode ser conhecida a pé, como o resto do centro de Florença, mas se rolar um preguiçã de subir o morro você pode usar as linhas 12 e 13 do ônibus.
A Piazzale Michelangelo tem uma ótima vista de Florença e é muito procurada pelos turistas para assistir ao pôr-do-sol e foi exatamente isso que a gente fez.
A vista é tão impactante que quase ninguém dá bola para uma das réplicas da estátua de Davi que existe na praça.
Lá de cima você pode ter uma ideia de quão gigantesca é a Catedral de Florença e sua enorme cúpula construída por Brunelleschi. O resto da cidade parece ficar em miniatura perto dela.
Esperar o pôr-do-sol por lá realmente é uma ótima ideia. A cidade fica ainda mais linda. E depois disso a gente desceu a pé mesmo e foi margeando o rio Arno e vendo a cidade se transformar durante a noite.
E essas foram algumas das dicas do que fazer em Florença. Ainda tem mais coisas para ver por lá, mas falarei disso em um próximo post.
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Um abraço e muitas viagens!!
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Endereço: Piazza Santa Maria del Fiori
Horário de Funcionamento: todos os dias para o Campanário, Museu, Batistério e Cúpula. A catedral e o terraço fecham aos domingos. Os horário variam de acordo com a atração. Verificar no site oficial, no item Mais Informações
Entrada: Campanário – Inteira € 15,00 – (7 a 14 anos) € 7,00
Museu e Batistério – Inteira € 10,00 – (7 a 14 anos) € 5,00. Não disponível na primeira terça de cada mês. Nesse dia é possível comprar ingresso apenas para o Batistério. Inteira € 5,00 – (7 a 14 anos) € 3,00.
Cúpula de Brunelleschi – Inteira € 20,00 – (7 a 14 anos) € 10,00
Terraço – Inteira € 25,00 – (7 a 14 anos) € 10,00
Catedral – de graça. Acesso pela fila da porta direita da fachada.
Mais Informações: no site oficial https://duomo.firenze.it/en/home/
Endereço: P.za di Santa Maria Novella, 18
Horário de Funcionamento: quinta e sexta das 10h às 17h
Entrada: Inteira € 10,00 – tarifa reduziada € 7,00
Mais Informações: no site da igreja https://www.smn.it/it/
Endereço: Via della Scala 16
Horário de Funcionamento: diariamente das 10h às 19h
Entrada: grátis
Mais Informações: no site da Farmácia https://www.smnovella.com/
Endereço: Ponte Vecchio
Horário de Funcionamento: sempre aberta (as lojas funcionam em horários determinados)
Entrada: grátis
Endereço: Piazzale Michelangelo
Horário de Funcionamento: sempre aberto
Ônibus que chegam até lá: linhas 12 e 13
Endereço: Piazza di Santa Croce, 16
Horário de Funcionamento: segunda e de quarta a sábado, das 11h às 17h e domingos e feriados, das 13h ás 17h
Entrada: Inteira € 8,00 – (12 a 17 anos) € 6,00
Mais Informações: no site da igreja http://www.santacroceopera.it
Endereço: Via Porta Rossa, 27/29
Horário de Funcionamento: diariamente das 11h às 20h (fecha entre 16h e 18h exceto aos domingos)
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