Berlim | A chegada
A primeira coisa que a gente pensa quando se fala em Berlim é inevitavelmente o muro, mas a gente queria conhecer mais do que isso. Nosso interesse era ver como uma cidade que ficou tão marcada pela guerra se recuperou, ou não, de tudo isso.
Chegamos a Berlim pelo aeroporto Schoenefeld, que é bem afastado da cidade, onde param o voos de companhias Low Cost, era quase 10 da noite, o lugar estava vazio e a gente precisava comprar um bilhete de trem para chegar até a cidade. Foram momentos de tensão pois não tinha guichê de atendimento. Tivemos que comprar o bilhete na máquina e o segurança “muito simpático” do lugar não nos deu informações corretas de onde pegar o trem, só apontou para o final do corredor. Bom, se você chegar em Schoenefeld saiba que o ticket que você deve comprar é o Regeltarif ABC e que a plataforma que leva a Berlim é a última, do lado contrário ao aeroporto. Para garantir, olhe os painéis com os horários. Mesmo que você não saiba nada de alemão, como é o nosso caso, vai encontrar o nome Berlim ou a estação que você precisa. Bom, nós ficamos aguardando ali com mais duas asiáticas perdidas por mais ou menos vinte minutos até que nosso trem chegou. Embarcamos, mesmo sem muita convicção, e rezamos para ser o lado certo. Somos mestres em pegar metrô pro lado errado. Depois de mais ou menos uns 20 minutos passando por campos abertos e bairros retirados, avistei a torre de tv e fiquei mais calma, estávamos indo pro lugar certo.
Desembarcamos na estação Friedrichstrabe quase 11 da noite e resolvemos ir até o hostel a pé. A distância era de apenas um quilômetro. Deu uma certa insegurança quanto a possibilidade de sermos assaltados, mas pensando bem, quem iria querer roubar mochileiros? Só se fosse pela mochila, porque dinheiro… A caminhada foi muito tranquila, sem nenhuma ameaça. Chegamos ao hostel, Generator Berlim, fazer o check in e deixar as malas. Esse foi o primeiro hostel da nossa vida e tivemos muita sorte pois o lugar é muito bom. Nosso quarto era para quatro pessoas e tinha banheiro e chuveiro no quarto.
Depois de tudo resolvido por ali, saímos em busca de algo pra comer e acabamos em uma barraquinha de cachorro quente, mas com a salsicha alemã, de um senhor que não falava inglês. Conseguimos nos virar. E nossa primeira refeição foi na rua, com vista para a torre de tv toda iluminada. Na nossa frente um prédio abandonado cheio de pichações e buracos nas paredes. Será que esse prédio estava aqui durante a guerra? Esse foi um pensamento que nos acompanhou por toda nossa estadia em Berlim.
E você, já foi pra Berlim? Conta pra gente o que achou da cidade.
Deixe um comentário