A temperamental Cidade do Cabo
A Cidade do Cabo parece uma pessoa temperamental. Uma hora toda alegre, com o sol a pino. É só você dar bobeira que logo depois o humor muda completamente, cheia de nuvens e até chuva. Fomos recebidos com chuva, mas isso nem foi um grande problema, já que a gente só quis saber de comer alguma coisa e dormir.
Surpresa na manhã seguinte
Na manhã seguinte até levei um susto ao sair do apartamento. A Table Mountain estava ali, pertinho da gente, e eu nem sequer tinha visto um pedacinho dela no dia anterior. Fiquei tão empolgada que fiz um vídeo com o celular tão torto que a montanha que deveria aparecer não apareceu. Olhando para o outro lado a gente se deparou com outra montanha, a Lion’s Head. Coisa linda!!! O dia estava tão bonito que resolvemos ir até o Pier caminhando, mais ou menos 4 km.
Neblina que baixa sol que racha. Será?
Era dia de visitar a Robben Island, e nosso horário de embarque era 09 h. Quando a gente olha no mapa, os 4 km parecem nada, mas quando você começa a andar e não chega nunca o negócio é outro. Percebemos que não ia dar tempo de tomar café e continuamos apertando o passo. Chegando perto do pier as ruas ficaram um pouco estranhas e não dava pra saber pra onde ir. Sorte que um cara viu que estávamos perdidos e nos mostrou o caminho. Chegamos no pier quase na hora de embarcar e, pra nossa surpresa, não conseguíamos enxergar muita coisa além do nosso nariz. Baixou uma cerração danada. A Table Mountain já tinha se escondido faz tempo atrás das nuvens.
Entramos no barco rumo a Robben Island e a situação não melhorou nada. A gente quase não conseguia ver a água lá fora. A viagem dura mais ou menos 45 minutos e a gente tava morrendo de fome. Tivemos que apelar pras barrinhas de cereal que estavam na mochila e torcer pro barco não balançar muito pra não passar mal. Chegamos intactos na ilha, mas continuamos sem enxergar nada. Durante toda a visita a neblina nos rondava e a vista maravilhosa que se tem da Cidade do Cabo ficou escondida atrás das nuvens.
Tá de sacanagem né?
Depois que voltamos pra cidade e começamos nosso caminho de volta, para achar um lugar para comer, o sol começou a aparecer timidamente. Paramos para comer e quando saímos para a rua lá estava ela, a Table Mountain, em todo o seu esplendor. Mais que depressa conseguimos um táxi para nos levar até o topo da montanha. Para nossa surpresa a hora que chegamos até o local onde se pega o ônibus para subir o tempo mudou drasticamente e mais uma vez não conseguíamos enxergar nada. Ficamos muito decepcionados e resolvemos (ou melhor, eu resolvi) descer a pé o caminho que a gente tinha feito de táxi minutos atrás. Quando a gente já tinha descido tudo, adivinhem o que aconteceu? Claro que o céu abriu de novo né! Tão vendo como a cidade não se decide?
Aí a gente não tava mais com vontade de subir na Table Mountain e levar um baile de novo, então a gente deu umas voltas pela Kloof Street, conheceu o The Company´s Garden, onde fui atacada por um esquilo maluco que pulou na minha perna. Depois demos uma passada rápida no Greenmarket pra eu não ficar com vontade de comprar aqueles coisas que eu nunca mais vou usar na vida. Pra finalizar fomos até a Grand Parade, que é uma praça que fica na frente da prefeitura e ao lado do Castelo da Boa Esperança. Dali se tem uma vista privilegiada da Table Mountain, que nesse momento parecia estar rindo da nossa cara, toda bela e formosa, sem nuvens para escondê-la.
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