Um cadinho de Belo Horizonte

Se você não é mineiro talvez ache que eu escrevi o título desse post errado, mas se você é mineiro pode achar que Belo Horizonte tá comprido demais. A gente esteve em Minas, mais precisamente em Belo Horizonte, 2 vezes. A primeira foi em março de 2016, para um show e a segunda em março de 2017, para um casamento. Nu!!! Tô achando que em março de 2018 vai acontecer mais alguma coisa para gente ter que ir pra lá de novo.

Primeira impressão da cidade

Gente, é praticamente impossível andar/dirigir por Belo Horizonte sem emoção. Você tem a sensação de estar percorrendo os trilhos de uma montanha russa a cada esquina. É muita ladeira!!! Eu não estava dirigindo, mas sempre que tinha uma ladeirinha pra subir meu coração acelerava achando que o carro alugado não ia dar conta. E pra chegar na casa da tia?? Era uma ladeira tão íngreme que eu tinha medo só de pensar em subir. Por sorte o motorista da rodada – Diego – era experiente e nosso freio de mão era forte, não tivemos contratempo.

O melhor passeio – Mercado Central

Nos dois momentos que estivemos em BH a gente ficou apenas por um fim de semana. Não sei se é cultural, mas nas casas dos parentes que a gente foi era uma comilança daquelas e devemos ter voltado alguns quilos mais gordos. Seguindo essa linha nada fit, a gente visitou – as duas vezes – o Mercado Central. Eu já acho um passeio ir ao Mercado Municipal de Curitiba, mas lá o nível é elevado. Chegamos a nos perder, algumas vezes, e tivemos muito problema em decidir em qual barraca comprar os deliciosos queijos de minas. Ah!! Não podemos esquecer também do Doce de Leite. É tanta barraquinha que você fica até meio tonto. Como o queijo e o Doce de Leite são típicos da região, a gente sempre achou que eles misturavam os dois pra comer. Quando pegamos o queijo de Palito e colocamos no Doce de Leite nossas primas nos olharam com uma cara meio assustada e não entenderam muito bem. Fiquei sem saber se a invenção é mineira ou é desses paranaenses mesmo. Mas aconselho você a provar. Fica muito bom!!

Loja de Queijos no Mercado Central de Belo Horizonte.
Quem resiste a toda essa variedade de queijos? Eu não.

Visita frustrada a Praça do Papa

Na primeira visita a gente não conseguiu ir até a Praça do Papa. Na segunda vez, mesmo com chuva, resolvemos dar uma passada por lá e também conhecer o Parque da Serra do Curral. A gente até conseguiu visitar a Praça, mas por causa da chuva a visibilidade não era muito boa. Do Parque nem chegamos perto, as visitas estavam proibidas devido ao surto de Febre Amarela. Ah!! Quem quiser testar se o folclore da Rua do Amendoin é verdade, o nome verdadeiro da rua é Prof Otávio Coelho de Magalhães. A gente não sabia o nome certo, procuramos por Rua do Amendoin e não achamos. Mas mesmo assim a gente acredita. Sem muito mais o que fazer, passeamos pela Feira de Artesanato que acontece todos os domingos na Avenida Afonso Pena. Tem bastante roupas, brinquedos, artesanato e uma infinidade de comidas diferente (pelo menos pra nós). A Feira fica ao lado do Parque Municipal Renné Gianetti, mais uma opção de passeio.

A Pampulha

Não sei se existe Maratona da Pampulha, mas foi mais ou menos assim que visitamos essa parte super legal de BH. Para nossa sorte não estávamos correndo, mas sim de carro. Foi mais agradável! A gente só conseguiu ir até a Pampulha no domingo, antes de pegar o avião. Tudo teve que ser rapidinho, mas deu pra dar a volta completa. Começamos na Casa do Baile. Esse prédio arquitetônico, que até parece simples, tem belas curvas e foi projetado por ninguém menos que Oscar Niemeyer. Os jardins também são uma obra de arte de outra figura conhecida, Burle Marx. Inicialmente projetado em 1943 para ser um local de dança, hoje faz a função de um pequeno museu, com desenhos e frases de seu criador. Também acontecem ali exposições temporárias e pequenos shows.

Casa do Baile
Curvas da cobertura da Casa do Baile.
Curvas e mais curvas de Niemeyer.
Salão da Casa de Baile em Belo Horizonte.
O salão da Casa do Baile é pequeno. Certeza que as festas rolavam as margens da lagoa.

Seguindo o fluxo paramos na Igreja de São Francisco de Assis, mais conhecida como igreja da Pampulha. Mais uma obra de Niemeyer, percebe-se. Sua forma um tanto diferente das igrejas tradicionais fez com que o culto ali fosse proibido por quatorze anos. Os painéis de fora de certa forma lembram os azulejos portugueses, pela sua cor azul e branca. Não pudemos entrar na igreja pois estava fechada, então não conseguimos sequer ver o Painel de Cândido Portinari que fica no altar.

O nome é igreja de São Francisco, mas ela é mais conhecida como Igreja da Pampulha.
O nome é igreja de São Francisco, mas ela é mais conhecida como Igreja da Pampulha.
Parte de trás da igreja com azulejos azuis e brancos.
Esses azulejos azuis e brancos me lembram bastante Portugal.

Museu de Arte da Pampulha

Depois de visitar a igreja a gente até podia ter dado uma de espertinho e cortado caminho pra chegar ao Museu de Arte da Pampulha. Mas, como bons “corredores”, demos a volta toda. Existe um parque no meio do caminho, o Parque Ecológico da Pampulha, mas a gente não parou por ali não e foi direto ao museu. Te dou um doce se você adivinhar quem projetou. Claro que ele de novo. Niemeyer. Esse foi o primeiro edifício do complexo a ser projeto e não era um museu não, era um cassino. O cassino movimentou a região até que os jogos foram proibidos em 1946. O local ficou 10 anos fechado e reabriu como Museu. Na época do auge do Cassino e da Casa do Baile, na década de 40, havia um barco que atravessava a lagoa para que os músicos do cassino terminassem a noite dançando na outra margem. Puro Glamour!! O Museu hoje tem um acervo de mais de 1500 obras, mas o que me interessou mais foi a arquitetura mesmo, puxando para o estilo do famoso arquiteto suíço/francês Le Corbusier. Meu passado arquitetônico pira nessas horas.

Museu de Arte da Pampulha
Museu de Arte da Pampulha
Salão da Casa de Baile em Belo Horizonte.
O salão da Casa do Baile é pequeno. Certeza que as festas rolavam as margens da lagoa.
Ilustração que diz Quanto "menas" treta mais de boas.
De boas, sempre.

Informações Práticas

Mercado Central

Entrada: grátis
Como chegar: Av. Augusto de Lima, 744 – Centro, BH – Coordenadas GPS 19°55’21.3″S 43°56’35.1″W
Outras informações: há estacionamento pago no local

Praça do Papa

Como chegar: Av. Agulhas Negras, s/n, Mangabeiras – Coordenadas GPS 19°57’26.9″S 43°54’52.6″W
Outras informações: procure pela rua do Amendoim e teste se o “campo magnético funciona”

Complexo da Pampulha

Entrada: grátis em todos os locais
Como chegar:
– Casa do Baile: Av. Otacílio Negrão de Lima, 751 – Pampulha – Coordenadas GPS 19°51’13.3″S 43°58’12.0″W
– Igreja da Pampulha: Av. Otacílio Negrão de Lima, 3000 – Pampulha – Coordenadas GPS 19°51’29.0″S 43°58’44.4″W
– Museu de Arte: Av. Dr Otacílio Negrão Lima, 16585 – Pampulha – Coordenadas GPS 19°51’02.0″S 43°58’24.7″W

 

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