Wanderlust | Da mala de rodinhas ao mochilão

Quando a gente começa a viajar (e gosta da coisa) logo pensa no maior empecilho para que outras viagens aconteçam: dinheiro. Eu sei que tem muita gente que viaja muito barato, mas ainda não chegamos nesse nível. Mesmo assim viajar com muito conforto faria com que tivéssemos que reduzir a frequência de viagens. A solução?? Comprar uma mochila.

O termo mochilão geralmente é usado para descrever viagens longas e no perrengue, mas não precisa ser necessariamente assim. Mas uma coisa tenho que concordar, viajar de mochila pode reduzir bastante os custos de uma viagem. Depois de carregar 2 malas de 32kg voltando dos Estados Unidos e passar por situações difíceis no metrô de Paris por causa de nossas malas gigantes (veja aqui) decidimos que era hora de “evoluir” no quesito bagagem e compramos uma mochila.

Nosso primeiro teste foi em uma viagem para Europa no outono. Teríamos que colocar roupas e calçados para 15 dias de viagem durante o outono (isso incluía casacos pesados e botas). Passamos no primeiro teste que foi fazer a mala. Coube tudo e mais um tripé da câmera fotográfica.

A próxima provação aconteceu no aeroporto de Brasília, cidade onde passaríamos uma noite. Nosso hotel ficava próximo ao aeroporto, era noite e o calor estava insuportável. Entrando no espírito low cost verifiquei no google maps a distância até o hotel e vi que não era muito longe. A gente só precisaria atravessar o estacionamento. Dava até pra enxergar o hotel de onde estávamos. E lá fomos nós, pela primeira vez andar com mochilas de aproximadamente 15 quilos nas costas. Passar pelo estacionamento foi a parte mais fácil, difícil foi descobrir algum portão na grade. Por fim conseguimos achar, nos aventuramos atravessando uma perigosa avenida, seguimos por um caminho de terra vermelha muito pouco iluminado e deserto e chegamos no hotel, ou melhor, nos fundos do hotel. Olhamos novamente no google e para chegar até a frente dele teríamos que dar uma volta gigante. Não pensamos duas vezes e chamamos apertamos uma campainha que havia no portão. Por sorte os funcionários forma caridosos e nos deixaram entrar. Na volta para o aeroporto já conhecíamos o caminho e saímos de novo pelos fundos para economizar energias sob o sol escaldante de mais de 30 graus em Brasília.

Olha o primeiro trajeto que fizemos de mochilão. Aeroporto até hotel. Foi suado!!!
Olha o primeiro trajeto que fizemos de mochilão. Aeroporto até hotel. Foi suado!!!
Ainda bem que os funcionários foram gente boa e nos deixaram entrar pelos fundos do hotel.
Ainda bem que os funcionários foram gente boa e nos deixaram entrar pelos fundos do hotel.
Na volta pro aeroporto debaixo de um sol escaldante. Olha o hotel lá no fundão.
Na volta pro aeroporto debaixo de um sol escaldante. Olha o hotel lá no fundão.

Ali nosso espírito mochileiro despertou e carregar a mochila nas costas não foi problema na viagem. Pegar trens e metros se tornou muito mais fácil. Descobrimos que além de prática carregar apenas uma mochila te faz economizar até quando a vontade de comprar alguma coisa é grande. Você olha bem pro objeto e fica se perguntando se vai caber na mochila. Na maioria das vezes a tática funciona e você acaba desistindo.

Tudo fica mais fácil de mochila. Feliz e carregada no tram de Amsterdam.
Tudo fica mais fácil de mochila. Feliz e carregada no tram de Amsterdam.

Como essa foi uma viagem de novas experiências ficamos pela primeira vez em um hostel. A primeira impressão foi a melhor possível, mas ainda não foi tão roots porque dividimos o quarto apenas com a prima do Diego. Na próxima viagem teremos que testar uma “evolução” low cost também na hospedagem. Aí a gente volta aqui pra contar pra vocês.

Peso nas costas e contrapeso na frente para não tombar.
Peso nas costas e contrapeso na frente para não tombar.

Fica a dica: compre uma mochila e viaje barato e feliz (apesar dos ombros marcados).

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